sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Saudades






Vivia no mundo da lua, era só amor e aventura!
Nisto…nasceu o menino. Minha cara chapada.
A minha vida deu uma cambalhota enorme,
que interessava! Era tudo em redor do pequenote.

Nem dormia, com a preocupação de algo lhe acontecer.
Que beleza de bebé, que alegria para todos.
Um filho é a mudança de dois seres.
É a plenitude da união!

Agarrava-o pela mão, para sentir que estava tão perto de mim.
Cresceu! E eu continuava a chamar-lhe bebé.
Começou a andar e ainda o ultrapassava.
Principiou a correr e já me custava a acompanha-lo

Fugia-me umas horas, mas logo o encontrava.
 Ora, no final da escola. Ora no início das noitadas.
Pediu-me uns euros, tão carinhosamente para namorar,
que eu dava-lhe todo o dinheiro que possuía, só para o ver feliz.

Hoje já não o vejo desde o Natal!
Nem sei exprimir o que me vai no coração, perante longa ausência
de um filho, fora do meu abraço.
Raio de vida revestida destes nós, difíceis de desapertar

Quanto mais a vida nos é custosa, mais valor damos a nós próprios.
 Porque sabemos esperar e esconder,
 numas lágrimas rebeldes,  prontas a rebentar.
As saudades que os dias abafam, até ao reencontro tão ambicionado.

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