sábado, 24 de agosto de 2013

Hoje senti o chegar ao fim




O caminho de regresso está a ficar ao meu alcance, quando precisamente oito dias atrás, sentia-o para lá da imaginação.
Por mais que tente viver os dias com a sofreguidão de os aproveitar ao máximo, espremendo cada hora como se fosse a ultima a passar cá.  Mais sinto o comboio passar, levando-os de estação em estação para os deixar bem longe, esperando a minha chegada e os transformar em dolorosas recordações.
Portugal oferece-me o sol que pensava ser o mesmo que me aquecia o corpo das fendas enormes que convidavam o frio a penetrar os ossos.
Este sol é bem gostoso, aquece o coração em noites de magnífico Verão.
Esteja rodeado de jovens, eufóricos com o despertar da paixão.
Esteja a contemplar o céu azul, imaginando um sorriso que sempre aparece. Bem perto de três degraus de escada. Ou um pouquinho longe, depois de circular diversas retundas.
Esteja a dormir como um menino, sem canseiras de madrugadas seguidas, a despertar ainda a noite reina no infinito. E terminar o dia com a noite por companhia.
Como o toque a rebate ainda está a ensaiar, a música de embalar o berço da tia Merkel, vou mudar a tee-shirt de hora em hora para apanhar a amarela e sair vencedor a cada dia que passo.

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