O caminho de regresso está a ficar ao meu alcance,
quando precisamente oito dias atrás, sentia-o para lá da imaginação.
Por mais que tente viver os dias com a sofreguidão
de os aproveitar ao máximo, espremendo cada hora como se fosse a ultima a
passar cá. Mais sinto o comboio passar, levando-os de estação em estação para os deixar
bem longe, esperando a minha chegada e os transformar em dolorosas recordações.
Portugal oferece-me o sol que pensava ser o
mesmo que me aquecia o corpo das fendas enormes que convidavam o frio a
penetrar os ossos.
Este sol é bem gostoso, aquece o coração em
noites de magnífico Verão.
Esteja rodeado de jovens, eufóricos com o
despertar da paixão.
Esteja a contemplar o céu azul, imaginando um
sorriso que sempre aparece. Bem perto de três degraus de escada. Ou um
pouquinho longe, depois de circular diversas retundas.
Esteja a dormir como um menino, sem canseiras
de madrugadas seguidas, a despertar ainda a noite reina no infinito. E terminar
o dia com a noite por companhia.
Como o toque a rebate ainda está a ensaiar, a
música de embalar o berço da tia Merkel, vou mudar a tee-shirt de hora em hora
para apanhar a amarela e sair vencedor a cada dia que passo.
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