Encontrei-me
olhos nos olhos, com a brisa fresca do início da manhã. Como conquista do princípio
das férias, que tatuará o sabor do mar e o bronze a este corpo, tentando cobrir
as mazelas, desenhadas como ondas envoltas em sargaço que se espalham pelo areal
sem fim.
Foram
horas desejadas, trazendo sensações antes sonhadas, com momentos de encher o
olho na plenitude de um grande dia.
Entre
o aconchego de um sol que afastava a bruma matinal, corri atrás de alguém,
levantando a areia, que os meus pés pisavam. Para lhe oferecer um abraço tantas
vezes ensaiado, nas horas vagas tão longe dali.
Corri
e corri!
Não sentia
o cansaço, só queria estar ao teu alcance.
Conhecia
aquela praia desde garoto. Sabia que não me perderia e como tinha todo o tempo
do mundo, só necessitava de correr para mais rapidamente chegar até ti.
Mergulhei
uma vez e a frescura da água, despertou ainda mais o meu corpo e deu-lhe asas
para voar, para mais rápido te encontrar.
Mas
de nada valeu a correria, porque o vulto cada vez mais longe se extinguia e o
abraço caiu por terra desmoronando-se logo que tombou, sem deixar vestígios.
Ainda ouvi a tua voz, mesmo sem ser perto de mim.
Trazia rastos de desilusão por não encontrar a minha.
Mas ninguém as pode fechar e lá chegará o dia que elas
se vão encontrar!
Regressei
com a toalha salpicada de areia que se agarrou, enquanto secava o corpo,
juntamente com uma mão cheia de dias para te encontrar e outra com um sonho
para concretizar.
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