Não me lembro de tamanha azáfama e claro, é a
alegria dos Barcelenses!
Só se avistam bandeirinhas. Rosas, laranjas,
azuis e algumas vermelhas e outras mais avermelhadas.
Nas mãos de todos aqueles que já se esqueceram
das agruras da vida e lá vão felizes da vida, levantar o pauzinho da bandeirola,
a cada discurso. A cada subida ao palco. A cada promessa que nunca se retira da
gaveta.
E balões das mesmas cores. Que sobem bem
acima do Senhor da Cruz e chegam ao rio tão pertinho, rebentando com o desleixo
que por lá vai. Que crueldade deixar um rio naquele estado.
Outros conseguem transpor os pinhais onde
foram libertados mas lá se vão com o vento da desgraça enfaixar-se nas
cangostas já sem amoras, que tanto amor lá se confessou.
No PS, Costa Gomes e Domingos, unem as tropas
e toca a marchar rumo à vitória que está ali ao pé da porta. Apesar das
promessas que deixaram de ser promessas, mesmo antes de se poder falar delas.
Pelo andar da carruagem, toda colorida e
florida. Não existirá obstáculos para chegar á estação da Matriz e antes de
entrar pela Câmara Municipal, todos se juntarão no templo sagrado, para agradecer
mais um mandato e valha-nos isso, não irá haver mudança de candeeiros, nem
mobiliário jogado fora.
No PSD, outro Domingos a comandar o que resta
das tropas.
Carrega a arma aos ombros com o tiro pronto a
sair pela culatra. Arma essa, chamada, os longos anos de Fernando Reis!
Uma herança pesadíssima que os Barcelenses
trazem ainda bem viva na memória.
Tem cara de miúdo para tão grande tarefa.
Está a dar tudo por tudo mas, contra a força não há argumentos.
Deu o braço ao CDS, com o António já batido
nestas correrias. Numa última tentativa para derrubar Costa Gomes.
Mas verdade se diga, Domingos esfalfa-se para
atingir o seu sonho e até trouxe para bem perto de nós o Professor Marcelo.
Figura carismática no país, é uma guerra para ver qual a rotunda que perpetuará
a estátua deste homem contador de histórias políticas, como mais ninguém.
O Bloco, o professor carrega a cruz na subida
do monte da Franqueira para conseguir o seu ambicionado objectivo.
Ao seu lado, tem o conhecidíssimo Ilídio
Torres, não na subida, mas no apoio.
Se o Bloco estivesse na Câmara? Perguntam os
bloquistas e pensam os desempregados. Os atingidos pelos cortes sistemáticos. Os
professores sem colocação. Os que levaram com aumentos dos impostos municipais.
Por eles bem merece o professor ter uma
palavrinha a dizer, no meio da governação deste enorme concelho. Agora com a junção
das Freguesias, faz-me lembrar os párocos, que dão missa em mais do que uma
Freguesia.
O PCP, força Mário! A tua luta não é em vão.
Defendes ideais com teias de aranha, mas
continuas abrir brechas para tentares passar a mensagem.
Ao menos não entras no folclore destas eleições.
Ficas no teu canto e quando apareces entregas em mão o que o partido pode
oferecer.
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