Estou rodeado pela Natureza.
Para onde vou trabalhar, as habitações onde
fico alojado, são todas bem dentro dos campos verdes e rodeado de paz e silêncio.
Os animais são os meus vizinhos.
Vacas leiteiras, que só comem e engordam.
Cavalos de desporto, também não ficam longe. Onde
se avista uma pista de mini saltos e a beleza desses animais montados por belas
jovens, dá um sorriso quando lá passamos.
Um cachorro também é vizinho, penso fazer
parte da casa já que ele entra e sai, como se nada fosse e claro, a maioria das
vezes o cansaço é muito. Não dá para aturar cachorros.
Ainda à pouco, apanhei uma pêra de árvores de
fruto carregadas. Saboreei a pêra e pareceu-me ouvir a tua voz.
Eram as duas doces, embora a tua com um travo de preocupação
e saudade.
Depois de terminar a pêra, lancei o caroço para a
relva tão fresca e viçosa.
A tua voz ficou bem dentro e trouxe-me ainda mais
saudades. E o tempo não passa!
Agora terminei a maça, enquanto o sol ainda aquece, já
que o Inverno aqui bem pertinho de Munique, arreganha os dentes pronto a
castigar-nos com o frio de rachar que não tarda nada.
E deixei de ouvir a tua voz!
O vento que o sinto ainda como inspirador, afastou-a
para lá dos montes e deixou-me um vazio melancólico.
A tua voz é a certeza de estarmos perto, pertíssimo. Quando
nos separam, centenas de montes e vales.
Dezenas de cidades que todos conhecem por qualquer
meio e todos aspiram a visitar.
Milhares de aldeias paradisíacas, recheadas de
souvenirs característicos e gastronomia muito própria.
E milhões de pessoas de todas as raças, que escolheram
um canto, nos quatro países que me levam até ti, para tentarem serem felizes.
Ouço agora os tractores preparados para a silagem. Limpando
os campos que não tarda nada ficarão cobertos de um manto branco, que é de uma
beleza infinita, mas de um frio cortante.
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