sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O Freeport e o Sócrates


Freeport! A enorme oposição de José Sócrates rumo a um novo mandato!
Freeport anda nas bocas de meio mundo. E só não tem mais relevo porque ainda somos um país a roçar o terceiro mundo, logo onde tudo possa ser possível, sem causar muito alarido. E também porque o mundo (neste caso a Europa) tem mais em que se preocupar, olhando à maré-alta de despedimentos (em todos os sectores) que ameaça o equilibro social e a qualidade de vida de milhões de pessoas ainda com contornos imprevisíveis.
Freeport, nasceu ainda o nosso primeiro-ministro, era responsável pela pasta do Ambiente de um país pouco dado a questões ambientais e como tal José Sócrates tornou-se figura central em varias fases do seu mandato.
Manifestações de um lado, oposição à perna por outro. Mas o Sócrates responsável pelo ambiente levou a água ao seu moinho e praticamente concretizou as ideias mestres com que guiou a sua pasta. Vincando a sua persistência e razão (segundo o próprio), nas atitudes e obra realizada nesses anos. Onde verdade se diga, se fez mais e falou de Ambiente, do que em muitos anos passados.
Ainda durante a liderança da pasta do Ambiente, surge o nascer do Freeport. E com mais ou menos oscilações, não esquecer as organizações Ambientalistas e as forças vivas da região. O projecto tem luz verde e arranca rumo ao sucesso.
Entretanto José Sócrates sai de cena.
Como governante o seu tempo tinha chegado ao fim e vira-se para os seus afazeres profissionais. Levando a sua vidinha sem complicações e engrossando o seu pecúlio com trabalho e investimentos, como a maioria dos portugueses do seu circulo, principalmente todos aqueles que assumiram cargos em governos anteriores e hoje são os porta estandarte de grandes grupos cá da nossa terrinha bem encostada ao Atlântico, que leva mar dentro os nossos infelizes pescadores.
Então surge a reviravolta!
Sócrates volta ás primeiras páginas da comunicação social e passa a ser o centro das atenções dos portugueses.
Porque primeiro, ganha as eleições internas do seu partido (ainda assombrado pelo escândalo casa pia) e torna-se Primeiro-ministro, com maioria absoluta.
Arrasando uma oposição frágil cravejada de pessoas que abandonam o barco a meio de uma viagem cheia de espinhos. Deixando um sucessor, mais virado para festividades VIP e lirismos governamentais.
Que não deixou outra hipótese ao Presidente da Republica, de o pôr porta fora. Abrindo o caminho de para em par ao PS e à nova figura Sócrates, repescada para o salvar.
Heroicamente se festejou a grande vitoria pela governação do país e logo com todos os poderes, a maioria absoluta.
José Sócrates assume a governação do país.
A oposição mergulhada em conflitos internos e com uma maioria absoluta que não deixa margem para lutar contra Sócrates e companhia. Resolve enveredar por caminhos que cheguem ao coração do Primeiro para o abalar fortemente. E toca a desancar com o famigerado dossier da licenciatura de Sócrates.
Sócrates corre a justificar o injustificável! Apesar das provas escritas trazidas para a estampa da comunicação.
Professores do próprio Sócrates, acorrem de seguida. Vindo a publico confirmar o diploma, conquistado com todo o empenho e mérito.
Mas a desconfiança apodera-se da população que se convence que o diploma foi tirado por correspondência e com assinatura com data de fim-de-semana.
Polémica mantida viva durante longos dias, que alimentou uma comunicação ávida por mexericos caseiros, que fizessem tirar do sério o Primeiro-Ministro. Já que em materia de oposiçao parlamentar, nao se engendrava argumentos susceptíveis de abalar a convencida confiança de Sócrates em rumar no caminho certo na direcção do futuro.
Ou seja! O homem é na verdade engenheiro, seja da forma que for! E como vai ser doutorado "honoris causa", por serviços prestados à nação antes durante e até depois da sua longa vida politica, por diversas universidades, cá do burgo e até algumas de países periféricos, amigos do peito. Será professor, doutor, engenheiro………….etc., etc.

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