segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Há Vinte Anos Encontrei o Paraíso!
Fujo para ti! E fujo de quê? Fujo de tudo!
Fujo infelizmente da minha casa, do meu lar onde durmo. Onde eu tento estar bem comigo mas não estou.
Por isso fujo para ti!
Fujo para esse meio que me transforma. Essa Paz que me emociona. Esse ar que me revigora!
E nele estás tu minha adorada jovem!
É aí que eu sou realmente o Nuno! É aí que consigo insuflar todo esse ar e transformar-me num grande homem. Cheio de carinho cheio de alegria e feliz!
Como é tão doce, tão louco, ser feliz num local, que nunca imaginamos ser. E no entanto logo que aí cheguei pela primeira vez, senti que tinha encontrado o meu lugar. O lugar para retemperar forças, para desanuviar as ideias. Enfim para ser realmente feliz.
Foi aí que deparei nos enormes prazeres que a vida nos proporciona! Basta encontrarmos o local que nos transforma e tudo se enfeita como o despertar de um sonho.
Excedo-me no prazer do calor do lume em noites frias à lareira.
Escuto os zumbidos da noite tão negra e tão silenciosa. Desperto pelo cantar do galo no raiar da manha. E tremo, tremo ao refrescar-me nas águas gélidas do poço como um menino que tem preguiça de se lavar.
São vezes sem conta que te olho. Que te falo. Que te toco.
Quero partilhar contigo a alegria com que preparas o jantar. Com que ligeireza te desembaraças dos contratempos e do desejo que me olhas, quando eu “fujo”, porque não te posso alcançar, quando as visitas nos incomodam.
Por isso te puxo para os esconderijos!
Aí perdemo-nos de tudo tal o Amor que nos invade. E fervilha tamanho desejo!
Conhecemos o coberto das batatas. Os ninhos improvisados das galinhas. Os castelos de lenha e as dunas de palha.
Tudo refúgios para o nosso Amor, que procuramos, quando olhos indiscretos nos impedem de superarmos os poucos metros que nos separam da paixão.
As vezes, que no calor daquela sala vindo da lareira rústica, com cheirinho a presunto pendurado no meio da chaminé autentico fumeiro e saboreando boa pinga da adega. Nós confessamos sem palavras este clima que nos embala. Pedindo a Deus que o seu fim seja o final das nossa vidas.
Murmuramos os nossos projectos entre carícias e beijos e olhamos o negro da noite já alta, levando mais um dia e trazendo o teu irmão que me levará para longe da tua mão, de encontro à solidão.
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1 comentário:
Desejo que tudo continue assim nos próximos vinte que virão...
Jinhos :)
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