quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Os Milhões e os Biliões do Desafogo



Caminhamos cabisbaixos neste mundo desavindo!
Assombrado pela recessão planetária e subjugados por pessoas corruptas sem escrúpulos, sem piedade.
Já pouco podemos fazer para inverter o rumo dos acontecimentos.
Assistimos a um carrossel de milhões e milhões de euros (e dólares), que serão precisos injectar no coração fortemente ferido das economias mundiais.
Nunca nestes anos de vida que já levo, ouvi mencionar tamanha quantidade de milhões e milhões……
Afinal, a grande riqueza não depende só de poços de petróleo. Minas de diamantes. Mais o ouro que embeleza os corpos e compra tentações. Que são desbravados da Natureza. Mas também de uma mina recheada de milhões e milhões, situada nos confins paradisíacos. Protegida por labirintos sem fim. Onde quem entra fica possuído pelo êxtase de um poder infinito. E quando volta a sair nunca mais será o mesmo devido à assombração dos milhões e milhões que não encontram o fim.
Esperamos impacientes que esses milhões e milhões nos devolvam o muito que já perdemos e infelizmente irá se manter nestes tempos mais próximos!
Perdemos o emprego! Fonte de alimentação do nosso viver!
Perdemos a qualidade de vida! Sustento de uma harmonia confinada a um espaço a que tínhamos direito!
Perdemos a família! Fruto da ruptura social que nos levou a seguir vidas opostas. Criando insegurança naqueles que tudo representavam de maravilhoso para nós, que ostentavam o clímax de um esforço sem limites cadenciado por dias, meses e anos!
Perdemos o acreditar no futuro! Fonte do crer numa vida trilhada por princípios de respeito para com o próximo e voluntarismo Social.
Só nos resta acreditar!
Mas antes, assistiremos incrédulos, que os milhões e milhões investidos de pouco serviram para elevar os índices económicos.
Será, não restam duvidas! Necessário acrescentar mais milhões e entrar na estimativa dos biliões, para que de uma vez por todas possamos respirar mais livremente e carrilar os diversos sectores produtivos desta Sociedade faminta de acção, para alimentar uma população carenciada de auto estima e fé.
Acreditar em nós próprios e ir à luta. Mesmo sabendo que a arena está infestada de pré históricos esfomeados, prontos a triturar-nos as entranhas ocas de substância. Mas como os pré históricos sobreviveram a inúmeras catástrofes naturais, também nós poderosos seres humanos iremos sobreviver ao suplicio recessivo e cá estaremos milhões e mais milhões prontos a guerrearmo-nos por um naco de poder e chutarmos para um canto as aparas que alimentam os cães raivosos.
Acreditar é o que nos resta! Porque acreditar é a diferença entre o abismo e a luz no horizonte!

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