segunda-feira, 11 de junho de 2012

A Europa desintegra-se Economicamente



A semana iniciou-se com muitas nuvens cinzentas, pairando sob as nossas cabeças.
Umas dissipam-se, deixando que o azul do céu surja esplendoroso e o sol se solte luminoso.
Outras insistentes, teimosas. Reivindicam a sua presença e como são pressionadas a deambular pelo espaço infinito, vingam-se quando já lhes faltam as forças e zás, soltam uma chuvada, que velozmente atingem as nossas cabeças, não dando tempo para correr, de encontro ao abrigo mais próximo.
Como se vê, o tempo está assim e o país imita-o no que diz respeito ás nuvens cada vez mais cinzentas e de aspecto monstruoso, formando já uma enorme pala que ameaça abafar este rectângulo de norte a sul. Mais as ilhas, que nem o oceano as afasta da penúria.
As boas notícias esfumam-se pela atmosfera, quando colidem com as más de boca bem aberta onde o interior de tão sombrio, gela os ossos e arrepia os pensamentos do mais forte optimista.
Portanto só nos resta aguardar, que algum milagre (sim milagre!), nos traga bons ventos e de uma vez por todas empurre, as mamudas nuvens cinzentas para os oceanos sem fim.
Não está fácil!
A Europa desintegra-se  economicamente a uma velocidade vertiginosa.
Foram os Irlandeses, os Gregos, os Portugueses e agora os Espanhóis.
Num corridinho, a tornar -se vicioso, com as consequências já tao conhecidas e a deixar feridas sociais sem recuperação. E o mais grave, outros estão na calha para apanhar esse corridinho e tomarem o mesmo lugar, sem hipóteses de, de lá fugirem. Nem mesmo com a santa ajuda de Sua Santidade, valerá a uma Itália, já com lugar marcado para um resgate anunciado.
O sul Europeu está com um pé dentro de uma Europa, comandada por Alemães sempre sedentos de poder. Ora com armas, que semearam o terror em carnificinas angustiantes de uma monstruosidade arrepiante.
Ora com o dinheiro, que de tão necessário para os países em questão. Lhes fazem perder a soberania duramente conquistada, em batalhas tão desiguais. Que são entregues quase de mão beijada, por um punhado de milhões e mais milhões de euros, para encherem um pouco os cofres públicos, arruinados pelos corruptos, que lideraram  de uma forma enganadora o povo.
Mas isso não invalida que o outro pé balance em direcção ao abismo e mesmo aí, estão os Alemães, a esticar a corda até à boca do inferno, esperando que ouçam os gritos insistentes: já levastes as jóias e os anéis. Leva agora os dedos, mas levanta-me do inferno, mesmo que seja só para ver o céu.



 

Sem comentários: