A semana
iniciou-se com muitas nuvens cinzentas, pairando sob as nossas cabeças.
Umas
dissipam-se, deixando que o azul do céu surja esplendoroso e o sol se
solte luminoso.
Outras
insistentes, teimosas. Reivindicam a sua presença e como são pressionadas a
deambular pelo espaço infinito, vingam-se quando já lhes faltam as forças e
zás, soltam uma chuvada, que velozmente atingem as nossas cabeças, não dando
tempo para correr, de encontro ao abrigo mais próximo.
Como
se vê, o tempo está assim e o país imita-o no que diz respeito ás nuvens cada
vez mais cinzentas e de aspecto monstruoso, formando já uma enorme pala que
ameaça abafar este rectângulo de norte a sul. Mais as ilhas, que nem o oceano as
afasta da penúria.
As
boas notícias esfumam-se pela atmosfera, quando colidem com as más de boca bem
aberta onde o interior de tão sombrio, gela os ossos e arrepia os
pensamentos do mais forte optimista.
Portanto
só nos resta aguardar, que algum milagre (sim milagre!), nos traga bons ventos
e de uma vez por todas empurre, as mamudas nuvens cinzentas para os oceanos sem
fim.
Não
está fácil!
A
Europa desintegra-se economicamente a uma velocidade vertiginosa.
Foram
os Irlandeses, os Gregos, os Portugueses e agora os Espanhóis.
Num
corridinho, a tornar -se vicioso, com as consequências já tao conhecidas e
a deixar feridas sociais sem recuperação. E o mais grave, outros estão na calha
para apanhar esse corridinho e tomarem o mesmo lugar, sem hipóteses de, de lá
fugirem. Nem mesmo com a santa ajuda de Sua Santidade, valerá a uma Itália,
já com lugar marcado para um resgate anunciado.
O
sul Europeu está com um pé dentro de uma Europa, comandada por Alemães sempre sedentos
de poder. Ora com armas, que semearam o terror em carnificinas
angustiantes de uma monstruosidade arrepiante.
Ora
com o dinheiro, que de tão necessário para os países em questão. Lhes fazem
perder a soberania duramente conquistada, em batalhas tão desiguais.
Que são entregues quase de mão beijada, por um punhado de milhões e mais milhões de
euros, para encherem um pouco os cofres públicos, arruinados pelos corruptos,
que lideraram de uma forma enganadora o povo.
Mas
isso não invalida que o outro pé balance em direcção ao abismo e mesmo aí, estão
os Alemães, a esticar a corda até à boca do inferno, esperando que ouçam
os gritos insistentes: já levastes as jóias e os anéis. Leva agora os dedos,
mas levanta-me do inferno, mesmo que seja só para ver o céu.
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