A
poucos dias, do início do Euro2012, levantaram-se as vozes, contra a selecção.
Mais propriamente
contra o espectáculo que rodeia a equipa das quinas, que segundo alguém entendido
na matéria, mais parece um Big Brother.
É um
facto que hora a hora, somos bombardeados com notícias do Euro2012 e com o que
se passa à volta dos craques. Principalmente aqueles, que estão nas bocas do
mundo futebolístico (e não só).
São milhares de fotos e bobines de filmagem, mostrando
tudo o que gira em redor dos jogadores e eles cientes disso, dão azo ao poder
material que possuem.
Carros de grande cilindrada e de custo a raiar
a revolta.
Cabelos em pé, numa moda que não deixa cair o
cabelo para a frente dos olhos.
Roupas
caríssimas, de grandes marcas sempre coloridas, fazendo dos jogadores,
frasquinhos de cheiro. Deixando fugir o estatuto de machos, apesar dos peitorais
dilatados e das tatuagens que já cobrem em alguns deles uma grande parte do
corpo.
Claro
que tudo isto advém dos elevados salários que auferem e que não se cansam de
mostrar. Apesar de quem tem valor, não necessita de dar muito nas vistas.
Por
falar em vistas, os jogadores deviam era de se preocupar em fluir mais as suas
capacidades intelectuais em vez das materiais. E evitarem de darem enormes
pontapés na gramática e no calão de infância, claro que isso é muito mais difícil,
do comprar um carro no valor de vários milhares, que já engasgam uma boa parte
da população portuguesa.
As vozes
que se levantaram, foram entretanto abafadas, depois de chegarem a terras
polacas, pelo staff da selecção. Acorrendo logo antes que pudessem interferir
nos meninos da bola, muitos deles jogando nesta participação contratos chorudos
e não vá o diabo tece-las e pumba. Lá se vai, por água abaixo, o contrato de
uma vida.
O grupo é de morte e o primeiro jogo será
primordial não perder!
Pelos
jogos amigáveis, ainda o entusiasmo dava para se equiparar a um arraial
minhoto. Não vamos lá!
Mas jogos
a feijões não fazem uma sopa que encha a barriga. Por isso sábado, temos uma
barriga colada às costas para se encher de azia alemã e catapultar-nos rumo ao
sonho, que este ainda não paga imposto e é tão fácil sonhar.
Acredito
que a grande maioria dos portugueses, querem ver para querer e só depois
estender a bandeira nas varandas onde irão com certeza dar vivas ás grandes
vitorias.
E Humberto
coelho grande figura do nosso futebol, vir a terreiro garantir que nenhum cêntimo
sairá dos bolsos dos portugueses para custear qualquer prémio da selecção. Deu mais
força a quem acredite numa presença digna da nossa selecção.
Com ou
sem bombas, que alimentavam as bocas famintas de famílias onde já não à
trabalho, para o casal fugir ao desemprego.
Com ou sem roupas, que davam para vestir uma
aldeia um ano inteiro. Agasalhando idosos isolados do mundo, para não os deixar
ir ao fundo.
Com
tatuagens ou sem tatuagens, que dariam colorido às casas dos meninos órfãos de
carinho.
Deixemos
dar asas ao sonho e acreditar que os nossos jogadores se transformem em anjos e
voarem sobre os obstáculos que apanhem, sejam eles campeões ou a abarrotar de galões.
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