segunda-feira, 4 de junho de 2012

A visita da Troika

O sol anuncia a chegada a passos largos do Verão e lembra-nos uma vez mais que a troika, continua a estar atenta ao nosso país.
E se não estou em erro, pela quarta vez é unânime em reconhecer os esforços que o país, este belo país cheio de sol para vender, mas que o está a dar ao desbarato. Encontra-se no bom caminho para cumprir todas as metas, que por si só, se jurou, assumir.
E perante esta jura, não resta à troika, que, humildemente reconhecer todo este esforço e só de quando em vez, fazer o seu papel, que é visitar o nosso país para in loco aceitar que a jura não está a seguir o caminho de judas.
Aí, troika, troika. Que emprestas o que necessitamos de pão para a boca e logo que possas, vais-nos deixar só com pele e osso!
Entras como salvadores da pátria. Repleta de dossiers da treta, que só dá para espalhar as brasas, mas o fogo esse, continua activo. Sinalizando os caminhos tumultuosos que as gerações vindouras terão que percorrer.
Nós, os que gramamos com a vossa imagem, tentamos acreditar que a luz será vista muito antes do fundo do túnel.
Mas a realidade será sem sombra de dúvidas, uma sobrecarga de impostos e a baixa do pão de cada dia. Mesmo sabendo que insistem em baixar os custos da factura da energia.
Alto lá!
Dizem os altos senhores deste país, fazendo ouvidos moucos de tamanha insensatez. E logo numa fase de investimentos, onde irão surgir novas barragens mudando a paisagem e inundando as lembranças.
 Mais ventoinhas de betão a lembrar as nossas que bem agarradinhas na mão circulavam velozmente, guiadas pela força das nossas pernas e pelo sorriso de tão pequenina gente.
Mais dividendos pelos accionistas, descrentes da troika, porque não os deixam encher os bolsos dos já tão custosos euros que o desemprego afasta perigosamente.
Enfim, a troika exige reformas que tem de ser cumpridas.
 E a nossa troika interna exige sacrifícios aos portugueses do costume, enquanto os iluminados pela politica e pelas empresas estatais, mais uma mão cheia de crânios espalhados pelas cadeiras dos grandes grupos económicos. Incham de valentia, devido aos milhares de euros, que lhes caiem como chuva divina.
  



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