domingo, 17 de março de 2013

Estou cá, irei estar Sempre.



A semana foi marcante!
 O cérebro sentiu o frio intenso. Coitado, tantas horas a seguir vários trilhos.
O corpo. Sem forma de evitar a neve, entrando pelos agasalhos que se diriam resistentes.
Os dedos. A quebrar com o gelo, onde tocavam ou simplesmente pousavam.
Este, o cenário de Segunda a Sábado. Com a temperatura a subir a cada dia, atingindo os menos doze graus e meio, no pico da semana. Terminando no Sábado com menos dez bem cedo. E pelo meio-dia, o sol deu um ar de sua graça, fechando uma semana, onde a dureza não teve obstáculos.
Com o corpo neste estado era preciso uma enorme sacudidela, para fazer desaparecer as mazelas da Natureza prensadas dos pés à cabeça.
O barzito cá da esquina foi o local para dar início ao degelo e sacudir os gemidos físicos e psicológicos, ouvidos e sentidos na semana.
Onde a pista proporcionou ao cérebro, deixar o frio que não largava o canto esquerdo, como já fazendo parte da assoalhada.
A música deu andamento ao corpo num ritmo inicial brando, para não obrigar o esqueleto a abanões feitos de enormes esticões.
E as mãos deram forma a um bailado apontando as várias luzes de meia dúzia de cores que surgiam das amarras. Libertando o gelo acumulado e desde o mindinho ao anelar, convidavam os rostos belos a bailados que a nula linguagem não dava continuidade.
Assim, a noite foi ganhando espaço. Dando horas para a diversão e para a pista sempre renovada, encher-se de caras novas. Uns entravam ainda agasalhados e outros, era chegada a hora de regressarem.
Há momentos em nós (falo dos que também me acompanham), que nos transcendemos.
Umas vezes talvez, por já nos sentirmos bem bebidos. O que não foi o meu caso.
Outras, como esta. Sentia a energia que me envolvia de tal forma intensa, pronta a ser libertada. Penso, devido à semana decorrida. Que lhe dei ordem para me comandar e durante horas levitei suavemente, deixando-me embalar pelas músicas conhecidas. Ora no chão raso da pista. Ora no pedestal dos destemidos.
Por momentos isolava-me de todos. E imagens de tempos tão próximos, acorriam ao meu cérebro, já envolvido num calor magnífico.
 Estou cá, irei estar sempre.
Aqui é o meu canto,
eu escrevo e tu lês.
Existem sempre formas de estar próximo!
O importante é divertir e libertar-me sempre da semana que finda, preparando-me para a seguinte que não tarda.

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