sexta-feira, 15 de março de 2013

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Tanto frio, tanta dor e agasalhado o melhor possível para não tolher os movimentos, toca a desempenhar a função que o dia destinava, estivesse o tempo que a Natureza lhe desse na gana.
O corpo tremeu ao primeiro momento que levou com aquele frio de portas escancaradas.
E o mais incrível é o correr para trabalhos que possam aquecer este frágil corpo, votado a estas andanças climáticas tão repentinas. Mas tão necessárias, para a estabilidade da pequenada.
São horas e horas a fio neste clima que enruga a pele e estremece os frágeis ossos. Que são obrigados a esticanços permanentemente.
Os dedos ficam envolvidos num formigueiro esquisito. É o sinal do enregelar e à que tentar aquecer o mais rápido possível, senão a dor torna-se insuportável.
Já assisti a colegas chorando quando as mãos completamente geladas, voltam a aquecer. E aí é que são elas, a dor torna-se terrível.
Agitam as mãos tentando afastar a dor que os apoquenta e quanto mais agitam mais a dor levita!
A meio da manhã toma-se um café quente, quentinho! É um prazer saborear meia dúzia de goladas deste liquido tão necessário como precioso.
Aquece o corpo. Faz fluir o sangue normalmente e desperta o cérebro, para o continuar da tarefa já destinada.
Somos meia dúzia! Nesta tarefa de concluir trabalhos à hora e acabamentos necessários.
Formamos uma bela equipa, poucos mas bons!
E como poucos, é normal sermos de fácil vigilância e no meio de dois berros, quando as coisas não correm da melhor maneira. Tudo se faz e no final saímos juntos de cabeça levantada, conscientes que a tarefa do dia foi amplamente conseguida.
O frio, esse, acalma um pouco quando o almoço se aproxima. E no calor de duas buchas e sobremesa caseira feita no momento. Voltamos a ganhar energia para o que resta do dia.
E quando a tarde ainda é tão criança, o tempo volta a agitar-se bem por cima das nossas cabeças. E desce, desce. Não sei que por qual escada. Atingindo-nos, com toda a força. Já as forças nos vão faltando.
Por fim regressamos!
Gelados, mas nada desesperados.
Amanhã será outro dia e o tempo vai sorrir com um niquinho de solzinho!

   




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