Foram-se os santos. Desvaneceu-se a folia.
Arrumaram-se os arcos e encostaram-se os
manjericos.
Rodamos a cabeça para a realidade da vida. Que
não dá mostras, de nos oferecer um simples sorriso!
Até quando viveremos deste modo! Perdendo um
pouco do que ardorosamente conquistamos.
Perdemos direitos.
Perdemos o emprego.
Perdemos o encanto
Perdemos a liberdade!
Resta-nos a fuga, para encurtar as distâncias
e assim conseguirmos oferecer um pouco da qualidade de vida, a quem nos
encanta.
Estamos longe, mas tão perto de todos!
É na distância que se encolhe o caminho, para
abraçar com mais ardor os rostos que nos acompanham a cada minuto. A cada hora.
A cada dia, neste frenesim contínuo.
Queremos a praia para curar as mazelas de
dias e dias ajoelhados, ou em bicos de pés. Para alcançar a satisfação de quem
nos guia.
Queremos o rio (aí que saudades ai ai), para
reencontrar as promessas e conquistar as certezas.
Queremos a Natureza para encontramos as
raízes que nos guiam.
Queremos as férias para estendermos as mãos
aos cumprimentos dos amigos. Dos vizinhos. Dos meramente conhecidos.
Queremos o mundo!
Porque ele nos pertence.
Porque já tem um pouco de nós.
Já lá deixamos o sangue que brota do corpo, a
cada embate nos umbrais da construção diária.
Já lá deixamos o suor, infinitamente colado a
nós em jornadas canículas de horas infinitas.
Já lá deixamos pingos de lágrimas, secas logo
que brotam pelo calor primaveril. Ou rapidamente congeladas pelo Inverno sem
fim.
Cada dia é um passo!
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