sábado, 12 de outubro de 2013

Marionetas Presas por um Fio



Estou cansado!
Saturado das nuvens negras que povoam o meu céu!
Necessito de fechar os olhos e ver o céu azul com o brilho intenso do sol, a bronzear o meu pensamento.
Anseio pelo apego de uma mão, para caminhar por entre as ondas do mar tão perto e sentar-me nos bancos de madeira, trocando um carinho amoroso para me abrir o meu sorriso de criança.
Quero estar perto de quem me anseia. Só assim sinto a paz que me vai tranquilizar o meu frágil coração. Já um pouco cansado em aguentar as investidas frustradas constantes, de penhascos andantes, que me toldam os movimentos e electrizam a razão.
Quero parar de percorrer caminhos sem fundo. Onde o negro se confunde com a razão de um sustento, na mente de seres que se dizem inteligentes.
Cruzei carris desde miúdo para sustentar a família. Perdendo memórias que fazem hoje parte da história de muitos amigos que enquanto corriam atrás do papagaio, sorriam felizes e adormeciam derrotados pelas diabruras.
Derrubei o muro da tranquilidade em me sentar, para oferecer ao lar tudo o que os meus bolsos guardavam.
Abri atalhos à catanada, na busca de remediar vários percalços, em voos sem destino, encontrando marionetas presas por um fio.
Ofereci-lhes duas mãos cheias de cordéis, para os puxar de um afogamento prematuro e logo que se viram fora de água, trataram de me jogar para as areias movediças.
Não me quero arrepender de ajudar!
Porque nasci com este pecado, hoje em dia original.  
Quero partilhar o meu saco de nacos de vida.
Cada naco, cada ser!
 Adorava que ao acordar e saísse para a minha labuta, encontrasse a honestidade. Era o presente mais rico que podia encontrar.
Mas não posso esperar isso de pessoas baratas!

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