O Verão crismou-nos, como o Sol e o Vento. Mediante a
euforia de cada um.
Foram montes de dias, por entre linhas cruzadas que no
final da semana encontravam-se numa curiosidade expectante.
E semana, após semana. A expectativa subia a
adrenalina em ouvir a voz de cada um. Numa correria, por entre trabalho e horas
a roubar ao sono.
O céu era o meu conselheiro, estivesse azul que eu
adorava. Ou salpicado de nuvens cinzentas, que respeitava.
Entramos na intimidade de falar da família. A minha
dizias tu, que beleza!
Dos filhos, os meus tão longe do meu abraço e
deixando-me afogado num oceano de saudades.
Dos nossos anseios.
Cada um vivendo-os à sua maneira. Nuns desabafos a
raiar o consolo.
Mas tu sempre a
resguardar os teus indesejáveis segredos!
Descarregaste desaforos, no meio de entroncamentos que
encontrava aos Domingos e que me baralhavam numa exaustão sem saber como
encontrar de novo a direcção.
Quando te conheci, já me eras familiar.
Só faltava abrir os olhos e ver-te bem perto.
Tão
perto, para sentir o que necessitava para perfumar o meu coração.
Coração perfumado, espírito aliviado.
E o coração abriu-se ao teu sorriso espontâneo belíssimo,
que me fazia rir como falava.
Abriu-se ao teu olhar de desejo em sentires-me bem
dentro de ti.
E logo no primeiro beijo, era gritante a necessidade
em fundir os nossos corpos num só!
Hoje és o meu jardim.
Um jardim de sonho, que rodeia o local onde permaneço
horas infinitas, a construir os resguardos de quem é tão rico.
Sem regas para o alimentar, porque as
roseiras são sorrisos, e as rosas ternos olhares. Num jardim, com tanto amor
para oferecer e de desejos para partilhar.
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