sábado, 19 de outubro de 2013

O Jardim a Abarrotar de Sorrisos




O Verão crismou-nos, como o Sol e o Vento. Mediante a euforia de cada um.
Foram montes de dias, por entre linhas cruzadas que no final da semana encontravam-se numa curiosidade expectante.
E semana, após semana. A expectativa subia a adrenalina em ouvir a voz de cada um. Numa correria, por entre trabalho e horas a roubar ao sono.
O céu era o meu conselheiro, estivesse azul que eu adorava. Ou salpicado de nuvens cinzentas, que respeitava.  
Entramos na intimidade de falar da família. A minha dizias tu, que beleza!
Dos filhos, os meus tão longe do meu abraço e deixando-me afogado num oceano de saudades.
Dos nossos anseios.
Cada um vivendo-os à sua maneira. Nuns desabafos a raiar o consolo.
 Mas tu sempre a resguardar os teus indesejáveis segredos!
Descarregaste desaforos, no meio de entroncamentos que encontrava aos Domingos e que me baralhavam numa exaustão sem saber como encontrar de novo a direcção.
Quando te conheci, já me eras familiar.
Só faltava abrir os olhos e ver-te bem perto. 
Tão perto, para sentir o que necessitava para perfumar o meu coração.
Coração perfumado, espírito aliviado.
E o coração abriu-se ao teu sorriso espontâneo belíssimo, que me fazia rir como falava.
Abriu-se ao teu olhar de desejo em sentires-me bem dentro de ti.
E logo no primeiro beijo, era gritante a necessidade em fundir os nossos corpos num só!
Hoje és o meu jardim.
Um jardim de sonho, que rodeia o local onde permaneço horas infinitas, a construir os resguardos de quem é tão rico.
Sem regas para o alimentar, porque as roseiras são sorrisos, e as rosas ternos olhares. Num jardim, com tanto amor para oferecer e de desejos para partilhar.

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