terça-feira, 14 de abril de 2009

A Crise é a Água Descendo a Pedra Escura


Os dias nascem tristes!
E não à festa por mais simbólica e tradicional que seja. Que traga a alegria de um sol radioso, que aqueça o corpo tão massacrado por chagas de emoções neuróticas e o espírito seco de orações que alegre a alma.
Os oposicionistas e outros que num tempo não muito distante acreditavam em promessas. Fartam-se de malhar nos causadores desta crise que afoga a descuidada prevenção de encontro ás ondas da matança, levando o corpo para os confins do abismo.
Tudo serve para acirrar os animais da desgraça e morderem ferozmente nas entranhas de quem governa.
E como a maioria acorda cabisbaixa, sem alegria que lhe levante o moral, resolve culpabilizar e com carradas de razão os grandes culpados, por esta anormalidade que infelizmente resolveu acoplar autentica nave espacial no cume do mundo. Aprisionando tudo e todos e se rapidamente não arranjarmos soluções para a desintegrar, corremos o risco de se esgotar o oxigénio da vida e cairmos por terra como tordos em dia de caça.
Vivemos sem notícias que nos façam investir no futuro!
Caminhamos cabisbaixos chutando as pedras do nosso caminho para acertar nas consciências dos que tinham a obrigação da responsabilidade oferecida pelo nosso voto, de tudo fazerem para encarreirar Portugal no encurtar das desigualdades Sociais para que todos pudessem lutar com as mesmas armas na procura de um futuro melhor.
Mas não é nada assim!
As desigualdades ganham asas na fuga aos que querem se aproximar e aterram num voo picado nos arraiais paradisíacos, levando a riqueza tão necessária para o País. E levantando a miséria, ao menor ruído de crise que o vento ameaça transportar, cobrindo várias parcelas deste País, que caminha para a banca rota economicamente como socialmente para mal dos nossos cada vez mais consumados pecados.
Resta-nos a consolação de dizer mal do mal que se instalou neste cantinho à beira mar.
E dizemos mal e porcamente, deste governo que infelizmente não tem oposição, já que me parece, toda a oposição comunga do mesmo mal: viajam todos no mesmo barco, partilhando assim de uma maneira ou de outra do enorme bolo, que mesmo que as fatias sejam para muitos de pequenas dimensões. Sempre chega para acudir ás carências do dia a dia e assim sendo é só conseguir um mísero cantinho no barco e deixa-lo navegar ao sabor do vento, que para já nenhuma tempestade o fará virar levando-o sempre a bom porto.
Como somos um país de brandos costumes e refugiamo-nos em nós próprios para ruminar as nossas consciências. Tudo aguentamos! Tudo suportamos!
E o que hoje sentimos e criticamos e amaldiçoamos e rogamos as mais ínfimas pragas, a todos os que tem responsabilidades neste País, amanha infelizmente estaremos de olhos numa mesa de voto a desenhar uma cruz nesses mesmos responsáveis que tantas vezes, mas tantas vezes os mandamos para o ……… que os………!
Basta hoje! Começar ainda hoje, exercer ainda o poder que democraticamente os nossos heróis corajosamente nos ofereceram de mão beijada e daqui a dois meses, ou três, ou quatro. Mostrarmos na prática que a nossa revolta é (foi) um aberto aviso para quem ignorou sistematicamente os sinais.
Podemos sempre votar, porque votar é um direito, um dever. Porque os votos não só contemplam partidos, mas também castigam partidos e as pessoas que dele fazem parte. Levando-os por uma vez, a pousar a cabeça na almofada pronta a estourar já que não pode acumular tanta derrota num espaço tao curto de tempo!
Porque uma derrota em politica é o não consumar do objectivo premente!

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