quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Batem Sempre no Ceguinho Que Tenta Ver Mais do Que a Sombra



Não sei porquê, mas quando surgem notícias nada abonatórias para a Sociedade Portuguesa, onde nelas misturadas, aparecem nomes de pessoas sonantes, neste caso das escutas onde Sócrates é referenciado em conversas com Armando Vara, o peso pesado do Face Oculta, que se vê em maus lençóis, apesar de vir a público manifestar a sua inocência. Quem leva por tabela é sempre aqueles que têm em mãos o tornar importante ou não, factos laterais ao cerne do processo, embora possam ter um cheirinho de penetração no mesmo.
Estou-me a referir ao jogo do empurra que Procurador-Geral e Juiz Conselheiro, protagonizaram, no deve ou não deve ser aberto a todos. Os conteúdos das famosas conversas, de amigos de longa data, que como todos sabemos os amigos são para as ocasiões.
E andamos nisto largos dias, com um a não se descoser e outro a dizer que por ele abria as chamadas numa espécie de leque para quem quisesse ouvir. Mas perante o segredo de justiça não o poderá fazer.
Quero com isto dizer que, como não podiam chegar a Sócrates, visto que não sabiam do conteúdo das conversas, ou se sabiam descobriram que nada de relevante contém, no que diz respeito ao Face Oculta. Trataram de empolgar a troca de galhardetes entre os dois homens, um Juiz e o outro Procurador-Geral. Na esperança de com um toque aqui e um berloque acolá, sair cá para fora algo de interessante para entreter cá a gente e vender mais umas rodadas de jornais para matar a sede desta crise.
Nada se conseguiu saber até agora e cá a gente que vive isto bem por fora. Chegou à conclusão que nem Juiz Conselheiro nem Procurador, tem tomates para fazerem algo por este País em matéria de dissipar dúvidas e com isso clarear as consciências.
Um empurra para o outro e andam nisto até os media se cansarem em malhar nos pobres coitados, apanhados na boca do fogo de um processo quente, quentíssimo quando estalou. Mas hoje já com arrefecimento acentuado e procedendo-se ao rescaldo de ouvir os implicados que não perderam tempo a se munir dos melhores advogados para lhes salvaguardar as costas mesmo pelo preço da chuva, que escasseia já em todo o mundo.
Advogados esses que darão todas as garantias. Já que uns acabaram de sair de outros processos mediáticos e com desfechos vitoriosos que até tiveram direito a champanhe.
Os restantes ainda labutam na recta final de processos morosos e que se inclinam para o mesmo desfecho dos colegas acima. E por entre advogados vitoriosos, nada melhor que todos nós que pouco entendemos a nossa justiça. Cheguemos à conclusão que todos se irão safar num mar de dias e dias de audiências, porque quem é inocente (dizem eles), não pode ser condenado por da cá aquela palha.

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