terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Perigosa Tentação Que a Todos Rodeia


Porquê correr em busca da felicidade meramente instantânea e que depois pode deixar marcas destruidoras, quando bem perto de nós no aconchego do já partilhado, temos tudo o que corremos a procurar.
Porquê correr em busca do proibido meramente explosivo e de amarras muito brandas, quando se nos entregarmos de corpo e alma rodeado da paixão que nos juntou numa união consagrada para toda a vida. Obtemos a plenitude do amor que nos une para todo o sempre.
Dizem algumas, que quando se sentem perseguidas pela indisfarçável atracção que os homens manifestam por elas, são possuídas por uma adrenalina maravilhosa que as alimentam e lhes proporciona sentimentos diversos.
Dizem outras, que a idade vai avançando e atinge o clímax do amadurecimento deixando a pessoa consciente de que necessita de ser bajulada e de ser admirada. Alimentando o ego e ajuda a refazer uniões.
Outras mais, não dizem. Mas o esconder tem limite e libertam a excitação da aventura que vai de vento em popa e enquanto o ultimo a saber não descobre, vive o dia do encontro como se do último se tratasse. E não olha a meios para se encontrar em qualquer lado com o homem do momento.
E finalmente aquelas mais conservadoras e que têm berço, habituadas ao embalo dos princípios ancestrais. Que lhes incutem o pertencer a um único homem, numa pureza para levar até ao fim da vida. Mas a vida é madrasta, devido aos sucessivos trambolhões de uma sujeição de mulher casada e sentem que aquele olhar insistente de dias e dias, lhe quer dizer algo.
E como as forças vão soçobrando e recuar já é praticamente impossível, lá vai tremendo como varas verdes de encontro ao abraço que não sente á imensos dias.
De encontro ao carinho daquele longo beijo que loucura das loucuras, não consegue juntar um único só do marido com que vive anos a fio para comparar a ternura que esse mesmo beijo se reveste.
De encontro ao toque da pele nua num enlace tão profundo que junta dois corpos num só, mesmo sem antes terem tempo de se conhecer. Para descarregar toda a paixão acumulada nos longos dias de luta titânica para não se entregar ao inevitável, que mais cedo ou mais tarde, teria que forçosamente acontecer.
Mas no final de cada sensação que abana com as entranhas do nosso mais fundo ser, enfrentamos a realidade e a porta que antes se encontrava escancarada para nos lançarmos na aventura, umas por sentir sensações novas. Outras como inevitáveis tamanha a fragilidade sentida. Irá se fechar num estalido seco e doloroso para a maioria de quem as procurou como um escape e colocar tudo no seu devido lugar e guardar este segredo tão fundo que irá junto para a cova e servir de memória a quem nos levar a alma.

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