quarta-feira, 24 de março de 2010
Estamos no País Onde Todos se Lamentam
É o primeiro-ministro que passa o tempo, logo que surjam insinuações a liga-lo a qualquer tipo de negócio, para aproveitar nos encontros agendados, nomeadamente em inaugurações ou simples convenções. O lançar a mensagem de que está a ser vítima de uma campanha para ofuscar a sua imagem tão só como isso, de pessoas que segundo expressa, inimigos ferozes da sua pessoa.
Segundo o mesmo é tudo uma cabala à sua pessoa visando assim a fragilidade do governo. Terminando quase sempre em jeito de remate a mencionar que é a única oposição de como não o pode fazer na Assembleia, utiliza meios menos próprios para o levar a cabo.
E vivemos disto! Um primeiro choramingas, a fazer-se um pouco de vítima, para desviar as atenções dos reais problemas da nação.
O PS, compreendendo o seu líder, dá-lhe colo e vê no PSD, o culpado de todas (ou quase todas) insinuações ao primeiro e aproveita todos os momentos do vem à baila com as chamadas para as comissões de inquérito. Para desancar no PSD e fazer as queixinhas que atenuaram a culpa do primeiro em alguns casos mediáticos, que estão na ordem do dia neste país que tudo esconde varrendo para debaixo do tapete num escuro premeditado, para que o tempo faça esquecer.
O PSD, está na recta final de eleger o seu líder. De quatro sairá um, que pouco ou nada trará como pessoa para apostar numa mudança de politicas, já que é neste momento um partido à deriva à procura do tempo perdido.
Então quando se encontram os quatro para contar as suas histórias num convencimento dos militantes para os eleger o quanto antes. Trocam galhardetes de lamentações, num diz que fez e diz que não fez. Proporcionando espectáculo triste de zangas de comadres que acaba por favorecer o mais lúcido e que se afastou o melhor que soube, logo que o verniz estalou.
Os bancos sempre preocupados com o credito mal parado, concedido num tempo de chover dinheiro, só precisando de os clientes de virar o chapéu-de-chuva para apanhar as notas que voavam como folhas em pleno Outono. Lamentam-se diáriamente num chorrilho de lágrimas de crocodilo, mas continuam a obter lucros e a untar as mãos aos seus quadros, já que o dinheiro agora só voa para meia dúzia de magnatas, num tempo que a poupança origina até a falta de toalhetes para evitar a gripe tão badalada e que encheu a mama aos esquecidos culpados de um alarme muito bem-intencionado.
E povo lamenta-se a qualquer altura, a qualquer fumaça que se levante para intoxicar ainda mais esta crise que virou praga muito pior do que a gripe.
Uns, ávidos por sacar as ultimas migalhas aos pobres coitados órfãos de apoio para se dirigirem aos salvadores diários que lhes matarão a fome até ao dia seguinte.
Outros mafiosos e que tudo sacam em subsídios paralelos que os mantém na boa vida e de papo cheio, assobiando para o ar como se de nada se passasse. Levam a água ao seu moinho e enchem os sacos bem apertados de farinha de engorda.
É este país que ajudamos a caminhar, rumo ao precipício, que pode ser já daqui a curto prazo, originando sublevações sociais numa espécie de mendigos habituados a um tempo de maná ao virar da esquina.
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