terça-feira, 23 de março de 2010

Será o Amor o Paraíso



Ao longo da minha vida tenho encontrado pessoas que me amam cada uma a seu modo. Porque o amor de uma mulher, nunca é igual ao da outra que conquistamos ao longo do nosso percurso.
Desde muito novo, nos namoricos de porta a porta, onde a colega da outra rua sente o desabrochar da paixão própria da idade, tudo fez para que essa paixão chegasse a mim e durante uns tempos, foi um correrio para estarmos juntos no primeiro amor que pincelou marcas e que hoje passados tantos anos, deixa a nostalgia emergir de longe a longe, principalmente quando o dia-a-dia proporciona esporádicos cruzamentos.
É o primeiro e o primeiro é sempre o que abre o coração à paixão, ainda por cima numa idade tão tenra.
É a primeira semente do amor a emergir. Saindo da escuridão, desbravando todos ao obstáculos para despontar e absorver o primeiro raio de paixão.
Entretanto outras mulheres surgiram, sempre belas e perfeitas. É isso que ambicionava, como todos.
E crescia com a intensidade dos encontros. Hora a hora, dia a dia, momento a momento.
E com o amor que elas sentiam por mim. Retribuía com a demonstração natural da necessidade premente de estar com elas e sentir aquele amor puro, ingénuo e natural como o céu azul que embeleza cada passo, cada gesto, cada beijo. Ora tremulo, ora longo de prazer.
Por isso entendia, que de parte a parte o amor não deixava dormir. Não deixava estudar. Não deixa pensar. Enfim, revolvia o nosso eu, pululando como um vulcão pronto a rebentar pelas costuras.
Levava em alguns casos à loucura (ameaça), já que a ausência de uns simples dias eram dias que se prolongavam infinitos.
Como se nota só andava com pessoas que me amavam!
Porque só assim me sentia feliz e afastado de tudo!
Isso para mim é grandioso! É a justificação de estar na terra. De ter nascido.
Ajuda-me a viver! É o meu alimento diário, eu dou muito valor a isso, à minha maneira.
Uma maneira onde o amor enche o espaço que preencho e que me protege dos ciclones inoportunos que a vida faz nascer num abrir e fechar de olhos.

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