Domingo
húmido, triste e sem vida!
Dias
destes são bons para quê?
Para
nos pôr chatos e embirrentos.
Mas não
me dou por vencido e no meio de chuviscos vou até Alvarães, assistir ao último
dia das festas de Santa Cruz.
Ontem
já lá estive, onde aceitei o convite para jantar de família querida que lá
tenho e no final fui visitar os andores floridos, autênticas obras de arte, ao alcance
de poucos, mas muitos dão horas do seu tempo, para levantar um andor, e são nove
que representam os lugares carismáticos desta vila.
O povo
acorre aos milhares, passando todos eles pela igreja da vila, para admirar
aquelas obras-primas.
São nove
os andores como já frisei. E todos eles pintados de pétalas, de cores a brindar
a primavera deixando a beleza colada naqueles tesouros de madeira e flor.
Estão pousados
ora na esquerda, ora na direita da igreja. E o povo percorre-os em círculo, num
entra de rostos curiosos pela ansiedade de ver bem de perto. E sai com a convicção
da beleza, de tão elegantes obras.
De seguida
porque estão tão perto, as bandas de música, já adaptadas aos tempos modernos,
deixando para a história melodias já sem memória.
Tocam para
o povo, musicas alegres com timbre pop, que agradam a quem os ouve e cativam os
jovens, eles próprios surpreendidos pelas músicas ouvidas e pela garra dos músicos,
comandados pelo elástico maestro.
Claro
que os divertimentos fazem parte de qualquer romaria e esta tem-nos, em
qualquer canto. Para alegria da canalha e para os jovens florescerem os
namoricos. Onde para alem das músicas dos vendedores ambulantes. Temos que
levar com as farturas e o algodão doce, a cheirar a óleo queimado.
Daqui
vai um conselho: apareçam lá porque vai estar o Quim Barreiros!
Ele
está em todas!
E como
não vive longe dali, teremos o Quim pela noite dentro.
Vai
ser curtido em final de Domingo ouvir o Quim Barreiros.
Espero
que não chova, porque é disto que o meu povo gosta!
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