terça-feira, 29 de maio de 2012

O Mar é Infinito


Saímos de manhã, não era muito cedo, o sol já era quentinho.
Já se fazia sentir o calorzinho, quando se aconchegava nos nossos braços.
Caminhávamos de mão dada em direcção ao mar, estilhaçando a água a cada passagem, logo que a onda enrole na areia e venha de encontro aos nossos pés, refrescando-os dos martírios destes anos todos.
A praia era só nossa, era bom sentir a tua mão. Massajava-a com uma fricção suave, era a minha malandrice. Brincava tentando não te deixar segurar a minha mão e tu fingias, que não a ias agarrar.
Queria-te sentir toda!
Queria os teus abraços, e comecei a passar a mão no teu cabelo. A aconchegá-lo, a sentir a suavidade do toque.
Ia tropeçando em ti, pois não largas-te a outra mão. A segurança foi a tua anca e apertei-te forte. Ui tão forte, tão bom.
Senti o teu corpo todo contra o meu, que arrepio delicioso, e malandra, provocaste-me a pedir um beijo.
Fugiste quando eu avancei, e quando com carinha triste e mimada me ia dar por vencido. Beijaste-me longamente!
As tuas mãos acariciavam o meu corpo e pressionavam contra o teu.
Os nossos corpos trocaram energias.
A areia amorteceu as nossas vibrações.
O mar guardião da nossa privacidade.
As gaivotas ciumentas dos nossos corpos se tocando
O vento levando os gritos do nosso intenso prazer.
Até que calmamente, me pediste colo e acolhi-te no meu regaço.
 Aconcheguei-te e sentia a tua mão suave a cariciar o meu rosto.
Tão bom...tão terno que tu és, não quero sair do teu colo. Prometo contar-te as estrelas deste céu infinito, se me deixares ficar aqui contigo para sempre. Quero teu calor, o teu mimo, o teu afecto!




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