Saímos de
manhã, não era muito cedo, o sol já era quentinho.
Já se fazia
sentir o calorzinho, quando se aconchegava nos nossos braços.
Caminhávamos
de mão dada em direcção ao mar, estilhaçando
a água a cada passagem, logo que a onda enrole na areia e venha de encontro aos
nossos pés, refrescando-os dos martírios destes anos todos.
A praia era
só nossa, era bom sentir a tua mão. Massajava-a com uma fricção suave, era a
minha malandrice. Brincava tentando não te deixar segurar a minha mão e tu
fingias, que não a ias agarrar.
Queria-te
sentir toda!
Queria os
teus abraços, e comecei a passar a mão no teu cabelo. A aconchegá-lo, a sentir
a suavidade do toque.
Ia
tropeçando em ti, pois não largas-te a outra mão. A segurança foi a tua anca e
apertei-te forte. Ui tão forte, tão bom.
Senti o teu
corpo todo contra o meu, que arrepio delicioso, e malandra, provocaste-me a
pedir um beijo.
Fugiste quando
eu avancei, e quando com carinha triste e mimada me ia dar por vencido. Beijaste-me
longamente!
As tuas mãos
acariciavam o meu corpo e pressionavam contra o teu.
Os nossos
corpos trocaram energias.
A
areia amorteceu as nossas vibrações.
O mar
guardião da nossa privacidade.
As
gaivotas ciumentas dos nossos corpos se tocando
O
vento levando os gritos do nosso intenso prazer.
Até que
calmamente, me pediste colo e acolhi-te no meu regaço.
Aconcheguei-te e sentia a tua mão suave a
cariciar o meu rosto.
Tão
bom...tão terno que tu és, não quero sair do teu colo. Prometo contar-te as
estrelas deste céu infinito, se me deixares ficar aqui contigo para sempre. Quero
teu calor, o teu mimo, o teu afecto!
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