Não
existe sol e tu escondes-te nas palavras.
Sinto
saudades de ouvir a tua voz, saída de uma boca feroz, que abocanha a minha,
para saciar todos os seus desejos.
Deixo-me ficar, de olhos fechados com a cabeça
tombada para trás. Recordando correrias desenfreadas de encontro à tua chamada.
Segui
para a minha vida, despida de adrenalina, numa segunda-feira que é sempre a mal
amada da semana.
Enquanto
escrevo dou uma vista de olhos ao que tenho aqui pendente e de facto a minha
tarefa, é numa palavra: ardente!
Necessitava
de colher um enorme braçado de flores e enfeitar os caminhos que percorro para
os embelezar de pétalas de várias cores.
A cada
passo lançava o braço e abria a mão para deixar voar as pétalas que tombavam
suavemente, no chão do caminho, amortecendo o pousar da minha sandália como
madeira flutuante.
Ao fim
de vários quilómetros, assistia ao enorme arco-iris terrestre, que as
sucessivas flores, esfrangalhadas de variadas cores, incrustaram no meu
caminho.
Flores,
sinónimo de amor!
Está-me
já no sangue. Para onde vou estou a sentir o amor.
Numa outra
vida devia ser um jardim, repleto de flores, que quanto mais eram apanhadas,
mais eu brotava naquele jardim.
São as
flores. Maravilhosas e de belas cores.
São as
lembranças. De momentos floridos e admiráveis.
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