SEXTA-FEIRA, dia onde o sol sente uma membrana, para não o deixar
estender os tentáculos em direcção aos nossos corações, na esperança de
os aquecer das sucessivas desilusões.
O fim de semana está bem perto, para que todos possam descansar do
aperto que este governo nos obriga, e possamos ir até à frescura de um
cantinho para desanuviar e tentar ser feliz umas horitas.
A vida é dura e é dura, acredito, para todos!
Ainda por cima ouvindo, mesmo que não queiramos, as noticias que
pintam este país de uma cor desmaiada, manchada. Fazendo lembrar um tsunami, que ao chegar a terra, rebenta as ondas de uma maneira tão
furiosa, arrastando os detritos quilómetros bem dentro, deixando marcas
vincadas para sempre, nas paredes internas das gentes, que povoam este
país.
O tsunami vai e vem, consoante a fúria da natureza.
Mas marcas vincadas nas gentes, entram mas não saem. São tão profundas como o fundo mais negro dos oceanos, onde os tsunamis nascem, e iniciam a sua marcha em direcção ao caminho que desbaratam até perderam a força, seja no oceano sem fim. Seja na costa para rebentar com as amarras humanas dos que são apanhados desprevenidos.
Mas marcas vincadas nas gentes, entram mas não saem. São tão profundas como o fundo mais negro dos oceanos, onde os tsunamis nascem, e iniciam a sua marcha em direcção ao caminho que desbaratam até perderam a força, seja no oceano sem fim. Seja na costa para rebentar com as amarras humanas dos que são apanhados desprevenidos.
Claro que existem sempre uma dúzia de tuti-frutis que governam-se a seu belo prazer.
Vangloriam-se pelas tribunas dos Simpósios e Conferencias, numa de salvadores da pátria, incutindo a dedicação ao país e dando o exemplo feliz, deles mesmos: vida intensa de trabalho desde quase o berço até já à sua avançada idade. Onde continuando com os seus belos discursos: parar é morrer!
E nós a vê-los enviar as economias que enchem, estou convencido disso, alguns barcos que atravessam o Tejo, em direcção às pastagens suíças, com sabor a chocolate da vaquinha, para branquear o dinheirinho.
Tudo isto numa rede de pesca artesanal.
Onde se enrolam políticos e ex ministros. Banqueiros e Empresários, Jogadores de futebol e quem sabe de gamão. Mesmo que vindos do gamanço!
Enfim uma data de gente que não se cansam de incentivar aos restantes Portugueses: que é nas horas difíceis que surgem as grandes oportunidades. E que oportunidades!
As oportunidades de nos levar até imaginem, à Conchichina!
Onde é que fica isso? perguntam vocês!
Nem eu sei!
Só sei que é lá que muitos de nós iremos parar, porque já não à poiso, nem dentro nem fora deste país para de saco ás costas e cajado na mão, pedirmos trabalho que nos dê o pão!
1 comentário:
Está cada vez mais difícil, mas os senhores da troika continuam optimistas. Na douta opinião daquelas alimárias, a solução é simples: baixem-se os salários!
Bom fds
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