Estou num país com campos e
campos a perder de vista.
Onde o gado a pastar é o
mais lógico para bem do animal e para a saúde de todos nós.
Mas a procura de
rentabilizar o investimento e a produção em massa. Vá-se lá saber porquê?
Obriga a acorrentar o gado e espetar-lhe com o alimento bem à frente da boca e
coitados dos animais. Em meses, irão para o matadouro servindo de carne para
canhão, às milhares de bocas famintas, pelas hormonas comestíveis.
É só comer e engordar até
chegar a hora de abater!
Pela manhã ainda o galo não cantou
(é verdade aqui não cantam galos).
Mas como dizia, bem cedinho
toca a espremer a teta e lá vem litros e litros de leite para engordar a
pequenada.
E carradas de pazadas de
farinha de engorda e erva meia seca. Armazenada nos celeiros paredes meias com
a vacaria e lá está. O gado a abocanhar tamanho pitéu.
Os agricultores vão à sua
vidinha e o gado fica ali entrincheirado a triturar aquela mistela, que nos dá
cabo da saúde.
E os campos ficam despidos
da beleza que os animais pincelavam como quadros de Matisse!
Apetece-me soltá-las e
deixar que entrem pelos campos e devorem a erva fresca antes que a neve a
queime e impeça qualquer rebento que seja de emergir.
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