sábado, 30 de novembro de 2013

Como queria, ó se Queria




Despi-me olhando a tua beleza, envergonhado por te mostrar as mazelas. Beijaste-as uma a uma, certa da cura.

Como queria, ó se queria, ter o corpo infestado delas!

É esta a minha vida!
A tua beleza é mesclada de pureza. De um sorriso natural que me ilumina o caminhar e bato firme com a sola da bota, nos aterros antes intransponíveis.
O teu olhar chama por mim e eu, tão distante.
Temo que ele se esbata com a demora e o encontro nostálgico.
Transporto a alegria e a saudade para ao te encontrar despir-me da inquietude e completamente nu, absorver o teu amor que purificará o sangue que corre para dar vida ao coração, que já tem o cantinho para te aninhares.
Sei que estou salpicado de mazelas, que até me envergonho do aspecto delas.
Mazelas de correrias desenfreadas, de cabeçadas sem pensar, de choques físicos sem me desviar.
A todas elas tu beijas certa da cura. Uma a uma com uma ternura admirável. Que pachorra tens tu, minha querida pequenina, para curares as mazelas da minha vida.
Dizes que é o amor que nutres por mim. Que te dá forças para curares essas mazelas e adocicar o teu corpo para fugir das que te importunam.
Como queria, ó se queria, ter o corpo infestado delas.
Era uma dor momentânea mesmo que fosse dolorosa. E a cura a todo o momento de beijos adocicados, de beijos carinhosos, de beijos misteriosos. Seria o sinal do teu amor sem fim.

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