O pôr-do-sol às dezasseis horas, a maravilha
da Natureza.
Não tarda, está para lá dos montes e regressa
pela manhã para mais um dia!
A noite aproxima-se e o final de mais uma
jornada de trabalho acompanha-a.
É o Inverno a caminhar a passos largos para
cobrir esta terra de frio e neve.
Paro um pouco e admiro a intensidade da sua luminosidade.
Que espetáculo!
O local onde me encontro, oferece-me esta
beleza que a Natureza por vezes nos brinda, apesar dos constantes atropelos à
sua natural permanência no planeta.
Sinto-me a galgar o espaço que me separa
dele, mas quanto mais corro mais ele me foge.
Não vás para o outro lado do mundo, grito eu
com toda a força.
Sei que sou um pouco egoísta, já que do outro
lado, estão milhões e milhões de pessoas à espera que ele nasça para aquecerem
o seu dia e seguirem o rumo que cada um entende como o melhor.
Mas é tão bom o dia quentinho com este sol a
aquecer o corpo e as fragilidades que ele carece no dia-a-dia.
Ao lado encontra-se a central a carvão bem visível,
que liberta todo aquele fumo dia e noite.
Que paradigma!
Mas liberte o fumo que libertar nada vai
impedir de os últimos raios de sol, chegarem até mim, para me aquecer antes que
a temperatura desça e o frio trespasse os ossos.
Uns minutos depois volto a passar no mesmo
local, numas idas e vindas para reagrupar material.
E o sol lá se foi. Deixando o escuro tomando
conta do seu poiso e um olhar triste como se algo tão querido me fosse roubado.
Ainda passei algumas vezes nesse local e do
sol nem vestígios.
Só a noite dona e senhora de umas longas
horas, toma o seu lugar e de olhar arrogante, obriga-me a retirar desse local.
Ainda bem. Porque é chegada a hora de
regressar.
Regressar ao quentinho do lar.
Mas aquele pôr-do-sol belo, belíssimo. Não me
saiu do olhar e adormeci agarrado à sua beleza sabendo que ao acordar mesmo com
um dia cinzento ele estaria meio encoberto para aquecer o meu dia.
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