sábado, 23 de novembro de 2013

O Pôr do Sol às Dezasseis horas




O pôr-do-sol às dezasseis horas, a maravilha da Natureza.
Não tarda, está para lá dos montes e regressa pela manhã para mais um dia!
A noite aproxima-se e o final de mais uma jornada de trabalho acompanha-a.
É o Inverno a caminhar a passos largos para cobrir esta terra de frio e neve.
Paro um pouco e admiro a intensidade da sua luminosidade.
Que espetáculo!
O local onde me encontro, oferece-me esta beleza que a Natureza por vezes nos brinda, apesar dos constantes atropelos à sua natural permanência no planeta.
Sinto-me a galgar o espaço que me separa dele, mas quanto mais corro mais ele me foge.
Não vás para o outro lado do mundo, grito eu com toda a força.
Sei que sou um pouco egoísta, já que do outro lado, estão milhões e milhões de pessoas à espera que ele nasça para aquecerem o seu dia e seguirem o rumo que cada um entende como o melhor.
Mas é tão bom o dia quentinho com este sol a aquecer o corpo e as fragilidades que ele carece no dia-a-dia.
Ao lado encontra-se a central a carvão bem visível, que liberta todo aquele fumo dia e noite.
Que paradigma!
Mas liberte o fumo que libertar nada vai impedir de os últimos raios de sol, chegarem até mim, para me aquecer antes que a temperatura desça e o frio trespasse os ossos.
Uns minutos depois volto a passar no mesmo local, numas idas e vindas para reagrupar material.
E o sol lá se foi. Deixando o escuro tomando conta do seu poiso e um olhar triste como se algo tão querido me fosse roubado.
Ainda passei algumas vezes nesse local e do sol nem vestígios.
Só a noite dona e senhora de umas longas horas, toma o seu lugar e de olhar arrogante, obriga-me a retirar desse local.
Ainda bem. Porque é chegada a hora de regressar.
Regressar ao quentinho do lar.
Mas aquele pôr-do-sol belo, belíssimo. Não me saiu do olhar e adormeci agarrado à sua beleza sabendo que ao acordar mesmo com um dia cinzento ele estaria meio encoberto para aquecer o meu dia.

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