Ofereci-te um anel tão simples, que comprei em prata, com uma bolinha branca no centro.
É tão simples, oito centímetros de comprimento e quatro
minúsculas linhas de largura arredondadas de prata.
As duas pontas encontram-se como duas linhas férreas e
a bolinha branca encrosta-se bem no meio delas.
É tão simples, que só pode ser oferecido a uma pessoa!
Inteligente, com carácter e que respire amor.
Soltei-o do resguardo da caixinha.
Aí o simples anel era já tão fofo.
Encutinhado no algodão já meio adormecido, logo que se
soltou abriu a sua simples beleza, preparando-se para entrar no dedo da bela
adormecida.
E que bela, mas não adormecida!
Pelo facto de ser tão simples, merece ambiente
especial.
E a jarra florida mais a vela que nos iluminava, foram
as testemunhas do anel percorrer aquele dedo macio e vulnerável. E colocar-se
graciosamente ao lado do mindinho já dele pequenino.
Alongaste a mão ligeiramente baixa, para apreciares a
beleza do simples anel que colocou ainda mais, nessa mão macia demais.
É lindo, é lindo!
Claro, foste tu que o disseste envolvida num amor
adorável e logo apertaste-me num abraço. Seguido de um beijo que só os
apaixonados trocam, que me deixou a fragilidade bem exposta.
É simples pequenina, acabei por desatar desta boca
saciada de beijos quentes.
Da simplicidade surge a pureza. Porque o deslumbrante
está nos nossos corações!
Soltaste tu com um sorriso, que derreteu o meu já frágil
juízo!
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