O Futebol tantas vezes
servido como fuga para a ignorância de um povo, pode libertar a alegria que
ainda existe dentro de nós e mesmo vencidos e vencedores. Ou simples
apreciadores, admirar a beleza de um jogo.
Agarrei-me ao pequeno ecrã deste computador
já carcomido com as milhares de dedadas, que diariamente martelam o teclado.
A net voava como cartas com uma simples
rajada, mas o derby prometia emoção e que se dane a net, o Benfica vale mais
que trinta paus!
O Benfica entrou a ganhar. Logo alguém grita:
que sorte destes marmelos. E um a zero já cantava para os lados do Colombo.
O Sporting responde pelo Capel, um espanhol
que ganha mais que os putos que enchem o banco verde e branco.
Mas Cardozo o paraguaio dos empurrões ao
mister. Resolve abrir o livro e num hac-trik de fazer inveja a Ronaldo e
companhia, incendeia o inferno da luz.
Cardozo, Cardozo. Dá-me a tua camisola.
Surgem cartazes bem perto do relvado. De miúdos entusiasmados com o craque, feitos
enquanto o jogo não se iniciava já que o florescente, ainda estava preso à gola
do polo.
Estava feito o resultado pensavam os
benfiquistas (mais de seis milhões), aqui sou só eu. Com os sportinguistas de
braços caídos e esperando que a segunda parte trouxesse um milagre.
Como já não existem milagres, as equipas
regressaram prontas a: uma jogar com o resultado. Outra a tentar fazer um golo
e relançar o jogo.
E o golo apareceu, numa bola parada e num
cabeceamento onde os vermelhos não tiraram os pés da relva e os leões (ainda de
juba juvenil), elevaram-se num grito de príncipe leão.
Estava relançado o jogo. E estavam os
espectadores colados à caixa que mudou o mundo e a pagar a net, que me aproxima
do meu mundo.
Dois-três. Ou três-dois, partiam as duas
equipas para os dez minutos finais.
O Benfica perto de matar o jogo. O Sporting pertíssimo
de o levar para prolongamento.
Por fim, o fim!
Qual fim?
O Sporting, numa bola parada (onde já vi
isto? Há, o segundo golo). Marca o terceiro. E logo bem juntinho à torcida que
recebe o herói nuns abraços de dobrar a coluna.
Não pode ser! Desespero. E lá vai uma
cabeçada no beliche e um morraço no portátil cheio de mossas.
Jesus desespera e recorda tempos recentes. Desta
vez o Sporting muito próximo de virar rei leão.
Já que
mesmo no final, no finalzinho. O Sporting tem mais um livre, feito por um
negrinho de nome cavaleiro. Que me enerva e faz com que deseje o quarto do Sporting,
para acabar com o” bicho e a peçonha”.
Bola fora uffff, corações aliviados.
Prorrogação, como dizem os brazucas. E aí o Benfica
foi mais forte.
Num chouriço tão cru, nem fumado foi. O Benfica
chega ao golo pelo girafa com aquela cabeçona de aliens, (agora, que se
levantou daquela cama de mais de dois metros), ainda grita por penalty. Esquecendo-se
que o Patrício foi ao aviário ver se matava o frango.
Só dá Benfica
e numa cavalgada pelo centro do terreno, que vai ser palco da final da Champions
(sem portugas infelizmente, mesmo sendo o Porto), pode acabar com o jogo.
E esse miúdo de nome histórico, obriga Patrício
a redimir-se da ida ao galinheiro numa defesa de levantar estádios, até os
encolhendo já que a jogada contínua e a bola bate com estrondo na barra.
E como não podia deixar de ser, os derbies (e
que derby), tem os seus casos e como glorioso, reconheço a mãozinha do Almeida.
Mas também a justiça da vitoria, num jogo a deixar memória.
Jesus respira aliviado depois da ressaca da Champions,
onde se viu grego com o Roberto, que tanto o apoiou e o raio do gajo, resolveu puxar
dos galões!
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