domingo, 10 de novembro de 2013

Deixem o Futebol ser Rei





O Futebol tantas vezes servido como fuga para a ignorância de um povo, pode libertar a alegria que ainda existe dentro de nós e mesmo vencidos e vencedores. Ou simples apreciadores, admirar a beleza de um jogo.
Agarrei-me ao pequeno ecrã deste computador já carcomido com as milhares de dedadas, que diariamente martelam o teclado.
A net voava como cartas com uma simples rajada, mas o derby prometia emoção e que se dane a net, o Benfica vale mais que trinta paus!
O Benfica entrou a ganhar. Logo alguém grita: que sorte destes marmelos. E um a zero já cantava para os lados do Colombo.
O Sporting responde pelo Capel, um espanhol que ganha mais que os putos que enchem o banco verde e branco.
Mas Cardozo o paraguaio dos empurrões ao mister. Resolve abrir o livro e num hac-trik de fazer inveja a Ronaldo e companhia, incendeia o inferno da luz.
Cardozo, Cardozo. Dá-me a tua camisola. Surgem cartazes bem perto do relvado. De miúdos entusiasmados com o craque, feitos enquanto o jogo não se iniciava já que o florescente, ainda estava preso à gola do polo.
Estava feito o resultado pensavam os benfiquistas (mais de seis milhões), aqui sou só eu. Com os sportinguistas de braços caídos e esperando que a segunda parte trouxesse um milagre.
Como já não existem milagres, as equipas regressaram prontas a: uma jogar com o resultado. Outra a tentar fazer um golo e relançar o jogo.
E o golo apareceu, numa bola parada e num cabeceamento onde os vermelhos não tiraram os pés da relva e os leões (ainda de juba juvenil), elevaram-se num grito de príncipe leão.
Estava relançado o jogo. E estavam os espectadores colados à caixa que mudou o mundo e a pagar a net, que me aproxima do meu mundo.
Dois-três. Ou três-dois, partiam as duas equipas para os dez minutos finais.
O Benfica perto de matar o jogo. O Sporting pertíssimo de o levar para prolongamento.
Por fim, o fim!
Qual fim?
O Sporting, numa bola parada (onde já vi isto? Há, o segundo golo). Marca o terceiro. E logo bem juntinho à torcida que recebe o herói nuns abraços de dobrar a coluna.
Não pode ser! Desespero. E lá vai uma cabeçada no beliche e um morraço no portátil cheio de mossas.
Jesus desespera e recorda tempos recentes. Desta vez o Sporting muito próximo de virar rei leão.
 Já que mesmo no final, no finalzinho. O Sporting tem mais um livre, feito por um negrinho de nome cavaleiro. Que me enerva e faz com que deseje o quarto do Sporting, para acabar com o” bicho e a peçonha”.
Bola fora uffff, corações aliviados.
Prorrogação, como dizem os brazucas. E aí o Benfica foi mais forte.
Num chouriço tão cru, nem fumado foi. O Benfica chega ao golo pelo girafa com aquela cabeçona de aliens, (agora, que se levantou daquela cama de mais de dois metros), ainda grita por penalty. Esquecendo-se que o Patrício foi ao aviário ver se matava o frango.
 Só dá Benfica e numa cavalgada pelo centro do terreno, que vai ser palco da final da Champions (sem portugas infelizmente, mesmo sendo o Porto), pode acabar com o jogo.
E esse miúdo de nome histórico, obriga Patrício a redimir-se da ida ao galinheiro numa defesa de levantar estádios, até os encolhendo já que a jogada contínua e a bola bate com estrondo na barra.
E como não podia deixar de ser, os derbies (e que derby), tem os seus casos e como glorioso, reconheço a mãozinha do Almeida. Mas também a justiça da vitoria, num jogo a deixar memória.
Jesus respira aliviado depois da ressaca da Champions, onde se viu grego com o Roberto, que tanto o apoiou e o raio do gajo, resolveu puxar dos galões!    






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