A neve chegou ainda parca em transformar a
Natureza. Caía como uma pena, de tão fofinha e miudinha.
Juntei as mãos para a receber, num misto de
beleza e incerteza. Vai dar-me tantos arrepios, que a irei calcar com raiva de
desatino.
É isto, em poucas palavras, o que se passará
até a Primavera devolver a vida a invernar sete dedos, bem abaixo do imenso
manto branco. Que dominará este país enquanto as aves não sentirem chegada a
hora, de regressarem ao seu habitat natural.
Serão dias e dias de mãos dormentes. Que até
fazem dor lancinante.
Não haverá luva que suporte o frio, nem a
humidade entranhar nestas mãos.
O branco será a cor dominante que chateará
mesmo os amantes das descidas de sky. Porque neve e frio mirrando os dias, tira
a alegria em poucos dias.
Mas hoje foi mesmo o primeiro dia que a senti
levezinha.
Senti-me bem com ela a cair-me pelas costas e
embelezando o meu vestuário com pontos brancos, que pouco lá permaneceram. Já
que se desfizeram em gotas de água, mas avisando-me que não tarda nada a
regressar com a força para ficar.
Só que a neve quando aparece, é sinal que o
Natal está à porta. E Natal a entrar pelas nossas casas é prenúncio do regresso.
E quando se vai é a alegria de novo regresso.
A Pascoa é a ressurreição das alegrias.
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