quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Dexei para trás o que julgava transportar Comigo





Os dias passam embrulhados num tempo que nem chove, nem faz vento.
Mais é bom que decorram desse modo. Assim dou graças á divindade e sinto-me bem, sem as almofadas a apertar-me o corpo, prendendo-me os movimentos.
Não é normal o tempo estar tão calmo!
Há um ano por esta altura era um mar de neve por tudo quanto era canto e um frio por vezes impossível, na minha faina diária.
Mas é a bênção para mim, que estou bem longe de tudo.
Deixei para trás um sorriso.
Que me iluminava o dia, pensando que me acompanhava e por momentos julguei que me embalava nas descidas e subidas de degraus ingremes. Mas pura ilusão, um sorriso transformado em lábios cerrados, mostrando uma realidade á já algum tempo anunciada.
Deixei para trás um olhar.
Meigo e sedutor! Oferecendo o encanto a quem lhe seduzisse esse olhar. E que olhar, acompanhado de expressões faiscantes. Que me elevavam para além das nuvens.
Hoje esse olhar está turbo, pintado de cores berrantes que lhe tiram a beleza natural e a transformam em cara de pau noturna.
Deixei para trás……
Uma sombra que ainda a sinto perto do meu ser, como uma imagem tão real que pertencia às orações dos meus momentos antes de adormecer. Dê lugar á sombra da tristeza por estupidez da sua insipiência.
Que posso mais dizer?
Quem vê caras não vê corações!
Reavivo momentos tão recentes e é com eles que irei andar de braço dado. Mesmo que deambule vezes sem conta pela rotunda pertissimo do paraíso.

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