Que dia risonho, que sol esplendoroso para um Inverno que ainda vai a meio.
E ele, esse sol que tantos desejam, apareceu
logo pela manhã.
Convidou num ápice, a retirar o casacão que
tanto incomoda nas tarefas mais minuciosas. Mas é tão fofo para desviar as
aragens frias que não escolhem direção para me atingir.
As horas avançavam e o sol sorria num céu
azul quase despido de nuvens e assim o sol passeava a seu belo prazer por esse céu
infinito.
Lembrei-me do meu país!
Das constantes chuvas que o transformam num
lamaçal á beira-mar.
E que dizer do mar?
Galga os obstáculos que lhe aparecem pela
frente. E ameaça vivendas construídas no tempo da velha senhora e agora é um
Deus nos acuda, porque tudo vai por mar abaixo.
E o sol não arredava pé para consolo de quem
sorria para ele, enquanto trabalhava a seu belo prazer.
E eu continuava a pensar no meu país!
E no mar que não pára de se esticar pela
terra derrubando esplanadas com recordações veraneias.
Derrubando restaurantes, deixando-os com umas
estacas como suporte, depois de lhes levar portas e janelas.
E o sol a manter-se até ao fim do trabalho.
E eu a pensar no meu país!
Onde o povo já reza, para que São Pedro feche
as torneiras e lhes envie uns raios de sol, só para matar os desejos.
E a noite chega levando o sol para desejo meu,
voltar no próximo dia.
E eu a pensar no meu país!
Obrigado sol por este dia.
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