quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Obrigado Sol



Que dia risonho, que sol esplendoroso para um Inverno que ainda vai a meio.
E ele, esse sol que tantos desejam, apareceu logo pela manhã.
Convidou num ápice, a retirar o casacão que tanto incomoda nas tarefas mais minuciosas. Mas é tão fofo para desviar as aragens frias que não escolhem direção para me atingir.
As horas avançavam e o sol sorria num céu azul quase despido de nuvens e assim o sol passeava a seu belo prazer por esse céu infinito.
Lembrei-me do meu país!
Das constantes chuvas que o transformam num lamaçal á beira-mar.
E que dizer do mar?
Galga os obstáculos que lhe aparecem pela frente. E ameaça vivendas construídas no tempo da velha senhora e agora é um Deus nos acuda, porque tudo vai por mar abaixo.
E o sol não arredava pé para consolo de quem sorria para ele, enquanto trabalhava a seu belo prazer.
E eu continuava a pensar no meu país!
E no mar que não pára de se esticar pela terra derrubando esplanadas com recordações veraneias.

Derrubando restaurantes, deixando-os com umas estacas como suporte, depois de lhes levar portas e janelas.
E o sol a manter-se até ao fim do trabalho.
E eu a pensar no meu país!
Onde o povo já reza, para que São Pedro feche as torneiras e lhes envie uns raios de sol, só para matar os desejos.
E a noite chega levando o sol para desejo meu, voltar no próximo dia.
E eu a pensar no meu país!
Obrigado sol por este dia.

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