domingo, 16 de fevereiro de 2014

Já faltava este Empecilho




Pronto! Já faltava este empecilho para estragar o que de tão belo a Natureza me ofereceu!
De facto a chuva apareceu do nada e não arreda pé da calçada.
Ainda a madrugada era rainha e senhora do silêncio cá da casa. Já eu me levantava, para aliviar a bexiga inchada como um balão, de líquidos ingeridos mais que o habitual.
Voltei à cama na esperança do volte face, que o tempo por cá é perito. Mas nada! Oito e meia e farto de cama, toca a dar voltas pela casa. Num entra e saí, sem sucesso.
Caprichei no pequeno-almoço, já que tempo é o que não falta.
E preparei todos os ingredientes para o almoço, dando umas risadas audíveis nos melhores momentos de varias atividades, que a televisão me resolveu oferecer. Possivelmente para atenuar o meu desalento com o tempo.  
Depois de uma semana a inspirar o sol que me aquecia o corpo e aliviava as tremuras do coração, sensível às oscilações amorosas tão presentes. Levo com esta morrinhice, que me obriga a recorrer à janela para me certificar que vai ser, chuvinha para todo dia.
O cenário é tristonho, a humidade eleva-se dos pinhais não muito longe, dando um aspeto de floresta negra deveras conhecida por aqui.
Ninguém sai da toca, parecemos lebres de orelhas descaídas, enfiados nos aposentos. Esperando não sei o quê!
Provavelmente o passar do tempo e muito mais tarde acordar, com o início do que me trouxe para cá.
Vou apanhar bolotas para dar de comer aos animais de portas fechadas e respirar o ar puro, que sempre rodeia este local tão sossegado, escutando-se a passarada a muitos metros de distância.
Porque ouvir histórias, de tempos cá passados dos mais velhos com as rugas a fazer desvios na pele já queimada, por sucessivos Invernos que a estalavam. Não está com nada. São histórias repetitivas e risotas de circunstância.
Não se pode ter tudo! E o que me é oferecido, é uma bênção para quem está longe de todos.
Melhores dias virão, como aqueles que ainda são tão frescos no corpo e na memória.

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