Sinto os joelhos contundidos devido ao
esforço recente que os obrigou a um desgaste doloroso.
O corpo ergue-se com um esgar sofrível e a
cada movimento por mais simples que seja, o rosto torna evidente os espasmos tão
localizados.
Um simples movimento da cabeça, obriga a
fechar os olhos para aliviar as ligeiras contrações do pescoço entravado. E
rodo para a frente e para trás, de um lado para o outro e numa espécie de
massagem, alívio a pressão seriamente patente.
É deste modo que a labuta diária coroa este
corpo, já arrastando um meio século, que caminha a passos largos.
Corpo a precisar de encostos mais suaves e
habituado a anos de oscilações meigas. Vê-se agora a abanões assentes em
repentinos esticões, que se dilatam para lá da sua envergadura.
Tento-o premiar com meigos carinhos e toques
delicados, para o aliviar do desconforto visível. Sussurrando-lhe palavras
confortáveis e fundamentalmente, descanso e mais descanso. Até que o
despertador o obrigue ao abanão de um obrigatório salto.
Se há dias que não apetece, hoje é um deles!
Diz-me ele ainda a madrugada rege o meu
destino.
Nada resta do que olhar em frente, porque a
mente, essa, está de optima saúde. Vende-a até dizer chega!
E mente sã só pode originar corpo saudável.
Mesmo que os ossos estalem com o doloroso esforço a que é obrigado.
O fim-de-semana vai ser prolongado. Tempo
mais que suficiente para massajar o corpo em movimentos harmoniosos e sonhar em
o envolver num outro, que embora tao distante, sempre o enlaça na frescura de
um amor que liberta o perfume das algas salgadas que o mar enrola na areia.
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