segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Domingo é Sempre Domingo
É Domingo!
Acordei com um ligeiro sorriso e o corpo saciado de amor. Quem não acorda quando a vida corre sobre águas calmas de encontro à frescura de uma paixão que já vai longa, mas amadurecida com as incidências de uma convivência responsável e enamorada.
Enquanto ajudo nas tarefas domésticas e observando, sem ela dar por isso esticando o olho direito para admirar a minha jovem centrada no almoço caprichoso como é habitual. Recuo uns anos atrás e a memória abre-se num Domingo que também acordei bem-disposto e:
É domingo!
Acordo bem-disposto, quem não acorda!
Finalmente, depois de uma terrível semana chega o momento de te tornar a ver!
É a ansiedade que se apossa difícil de suportar, já que vives longe de mim.
Almoço com a família. Todos trocam impressões sobre as incidências da vida, mas eu já me encontro a imaginar-te.
Vejo-te a vires ao meu encontro. Alegre de sorriso nos lábios e uma doçura que me torna imensamente feliz.
Termino o almoço e preparo-me para ir ter contigo.
Vou ao café do meu bairro. Encontro-me lá com o resto da malta e juntos chegámos à cidade.
Uns vão ao futebol, outros para junto das suas garotas. E eu?
Eu fico no café Albergaria, aguardando a tua chegada!
Escolho uma mesa que comunica com a vidraça. Assim apercebo-me da tua chegada.
Tomo mais um café!
Já te sinto! A tua imagem vagueia no meu pensamento.
Chegas radiosa, beijas-me na face e dizes-me: Que os estudos vão bem……………! Tive tantas saudades tuas Nuno, que estava a ver que o Domingo não mais chegava!
Nisto? Sobressaltei-me, ao olhar para o relógio que decorava a parede do café, oferecido pela Coca-Cola.
O tempo passava velozmente e tu não aparecias para ao pé de mim, mostrarmos o quanto precisávamos um do outro.
Já desesperado falava sozinho. Não pode ser! Ainda no Domingo anterior, vimos reflectido nos nossos olhos, a necessidade de nos juntarmos. Porque a atracção um pelo outro era um dado adquirido.
As horas avançavam. E o desânimo acentuava-se e mentalizei-me que a tua presença era uma ilusão bem junto a mim.
Nisto vejo?.............. Não, não eras tu. Qualquer mulher que passasse no campo da minha visão excitava a minha ansiedade.
A tarde já ia longa e o vazio já era enorme.
A solidão e a tristeza penetraram terrivelmente no meu íntimo.
Abandonei o café! Precisava de ar puro. Vaguei pela cidade, sem rumo. Ainda olhava para trás na esperança de encontrar. Mas nada!
Regressei a casa cabisbaixo! Refugiei-me na minha música.
Fiquei melhor! Entrava-me no cérebro e expulsava a tristeza, a solidão que me dominava naquele momento.
Fiquei algum tempo repousando no sofá.
No dia seguinte a rotina ditou regras. Estava já preparado para aguardar pelo Domingo. Porque sabia que irias vir no Domingo.
No domingo acordei bem disposto!
Ela veio! E começou aí, uma ligação tão pura, mas tão louca. Que hoje ao fim de uns bons anos semeou um jardim, onde as rosas dão lugar aos filhos e a união é a terra fertilizada.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Gosto de ler as tuas emoções. Transmitem sempre sentimentos muito positivos. Ainda bem que assim é!
Jinhos :)
Gosto dos teus comentários! Sempre tao simples e reais.
O que me emociona na vida é descobrir a natureza das pessoas com quem lido.
Complicar para quê Nuno?! Já basta a vida que às vezes nos dá a volta e esta rotina do dia a dia que também me cansa e tira um pouco do sério! lol
Uma boa tarde de trabalho (penso eu que estás a trabalhar...) ;)
Enviar um comentário