quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Abstenção das Eleições Europeias




Nestas eleições para o Parlamento Europeu, o maior adversário para todos os partidos é abstenção!
Esse terrível cancro de umas eleições, onde todos querem combater mas com resultados pouco auspiciosos. E não existe arma para suavizar e encurtar uma tendência que se vem acentuando desde que a eleição de deputados para o Parlamento Europeu foi obrigatoriamente criada.
Os partidos agora em plena campanha, numa autentica maratona, percorrendo o País de lés a lés. Centralizam as suas intervenções mais direccionadas para os problemas internos do que para o cerne da questão, que é como se sabe a eleição dos deputados ao Parlamento Europeu. Embora se note que no inicio levam as suas intervenções para a Europa, mas com o decorrer do esgrimir argumentos, acabam por resvalar para os problemas internos do país deixando órfão a grande questão Europeia. Dando mais azo a que o povo se refugie num dar aos ombros e passar ao lado destas eleições.
A abstenção é um pau de dois bicos para todos os partidos concorrentes e para a consolidação de uma eleição. Onde a enorme abstenção quase leva a menorizar, a vitoria do partido vencedor e principalmente os resultados das eleições.
Nota-se nestes já meia dúzia de dias, a grande preocupação dos partidos em alertar para que o povo vá votar.
Porque votar é a única vitoria que todos os partidos terão!
É a esperança de conseguir mais votos e como os abstencionistas de ontem, se forem votar agora, serão os que votarão contra quem os desilude. Normalmente quem governa. E é aí que os restantes partidos, poderão receber esses votos.
Mas leva-me a depreender que este ano irá ser o ano da maior abstenção de que à registo.
O povo não acredita num Parlamento Europeu!
O povo pouco conhece da Europa. A informação que chega à grande maioria é escassa e muito subjectiva.
Os candidatos que compõem as listas são desconhecidos. São listas baseadas nos seus líderes e alguns deles com pouca projecção mediática junto do cidadãos e como tal não cativam e nem incentivam uma população demasiado pessimista e muito critica da política seguida nestes já longos anos, num entra e sai do mesmo. E dos políticos deste País.
E como tal não se vai dar ao esforço de ir votar e logo num dia que tudo indica virado para a praia e sem a direcção para ir votar.
Nem mesmo nesta fase, onde aqui e ali se nota um grande descontentamento nas políticas adoptadas pelo Partido Socialista. O povo se inclina para usar o seu privilégio, no uso de um trunfo tão torturantemente conquistado, que lhes daria a faca e queijo na mão, para alterar o rumo e a consciência de seguidores convencidos que tudo sabem e que tudo podem.
Resignam-se ao básico pretexto de nem lá ir.
O que ajuda a nada se alterar! A que tudo fique mais ou menos direccionado de acordo com os interesses dos dois grandes partidos.

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