segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Domingo Terminou como Começou!



Entre a família cada vez mais numerosa, onde os filhos das sobrinhas, avolumam um clã de boa gente e salpicam de alegria o espaço que ao longo destes anos sempre primamos em conservar.
Como o convite partiu de um familiar conimbricense, lá fomos rumo ao destino e entre um café a meio da auto-estrada, juntamo-nos para que todos chegássemos ao mesmo tempo.
O ambiente era festivo! Um familiar portista, resolveu levar a preceito o Domingo de festa que se esperava no dragão e toca a embelezar os filhos pequenotes com as cores azuis de um clube que não sai do seu timbre regionalista mas que engole todos os títulos que nos últimos anos embelezam um país virado para o futebol para matar as lamurias de uma vida difícil e sem optimismos a médio prazo.
Foi o tema das primeiras horas de um convívio salutar e aguardado alegremente. E todos mostrando a justeza de um título merecido. Não faltou os recados enviados de parte a parte (nesta família só à benfiquistas a grande maioria e portistas o resto do grupo), dos lances que a época foi fértil, na alteração de um resultado falso como judas. E como nunca se chega a um consenso. O melhor é atacar nos petiscos de entrada já que quanto mais se fala, mais a fome abre caminho para devorar os primeiros petiscos que caiem na mesa como tordos em dia de caça.
Passado o frenesim pelo futebol, falou-se de coisas mais sérias que envolvem o dia a dia de cada um e desabafa-se momentos bons ou maus de alguém para que exista a esperança de no meio de muitos familiares, alguém ajude numa solução, já que no seio da família existem pessoas com alguns conhecimentos e argumentos.
Falou-se do caso que enche as conversas de um país inteiro e que afecta muitos portugueses e como assisti alguns familiares. Refiro-me ao BPP, onde alguns depositaram boas quantias e agora vêem-se a braços com situações melindrosas que os deixam apreensivos e até revoltados com tamanha jogada de uns responsáveis do banco que segundo se frisava, mais de que uma vez, já sabiam do estado de liquidez do banco e continuavam a insistir com os clientes para cobrir o que lá tinham depositado. Ou então teriam que levantar o que lá estava depositado.
Resumindo: os meus parentes cobriram o que lá possuíam e agora assistem ao descoberto do seu dinheiro sem garantias de verem a sua cor a médio prazo.
O que ajudou a não tornar o ambiente um pouco cinzento como o tempo, foi o leitão vindo directamente do forno de um conhecido. E foi um regalo triturar aquelas costelinhas de uns leitões que estão em voga devido ao vírus, mas sem significado para nós que de vírus só podiam estar nos ossos prontamente guardados para delicia dos cães, que guardam tudo, mas que nada podem fazer para resgatar o money desviado para o infinito e mais além, que estilhaça a seriedade de alguns familiares, enraivecidos com tamanhos vigaristas, até agora os senhoras da finança cá do País e que ameaça desgraçar uma boa vida, de quem tanto batalhou e agora resigna-se ao milagre de novos ventos para a banca.
Só a chuva veio em hora má e arrasou com a alegria dos mais novos nas correrias e nos entretimentos do costume.
As horas foram passando, entre palpites de resultados para as eleições que estão aí a surgir. E entre familiares ferrenhos de Direita, onde Sócrates é vaiado pelas politicas seguidas e pelos escândalos estampados a cada esquina de comunicação.
E outros mais, de Esquerda que vincam a razão de não existir oposição e como tal a vitória é esperada, só faltando os números com que se irá fazer a festa. Arrumou-se as trouxas e toca a andar, rumo ao canto de cada um porque a noite já ameaça e à muita estrada para calcorrear.
A família é um dom! E logo uma como a nossa cheia de alegria e canalhada a cada canto.
Uns são de Direita, outros são de esquerda! Uns são do Porto, outros do Benfica! Uns são mais ricos de que outros. Mas todos são amigos de todos e quando toca a ajudar, ninguém falta para aliviar o que quer que seja.
O importante é ver reflectido no rosto de cada, o prazer de estarmos todos juntos e ao despedirmo-nos, deixarmos bem claro que o até breve será mesmo breve.

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