segunda-feira, 18 de maio de 2009

A Minha Juventude e a Militância.


As eleições caminham a passos largos para de norte a sul do País, alterar a rotina e invadir as nossas estradas, as nossas praças, os nossos pavilhões. De caravanas coloridas e barulhentas. De pessoas enfeitadas transportando o dístico do partido arredondado, pelos estômagos dilatados num autêntico carnaval eleitoral.
Que junta figuras publicas dos partidos, a meros apoiantes e militantes fanáticos. Na única oportunidade de o simples cidadão sentir o aperto de mão e duas ou três palavras com um único propósito de cativar o voto.
Já se passaram uns bons anos, quando me filiei no Partido Socialista, pertencendo e participando na Juventude Socialista. Sendo um elemento dos quadros directivos da Juventude Socialista a nível concelhio.
Éramos quatro amigos Socialistas de entre muitos, e nós tudo fazíamos. Onde a minha intervenção era mais centrada na Juventude Socialista, devido à minha idade, o meu lugar era lá.
Preparávamos as reuniões. Apresentávamos as moções para serem votados, mas sem antes, através dos debates cada um expressava a sua opinião mostrando o seu sentido de caminho a seguir e a votação braço no ar culminava com as aprovações das moções que iriam ditar o rumo da Juventude Socialista durante o período estipulado pelos estatutos!
Deslocávamo-nos às muitas Freguesias do Concelho. Promovendo debates, sessões de esclarecimentos, na tentativa de conseguir (e conseguíamos) mais jovens, para connosco fortalecer ainda mais a juventude socialista.
Quando os estudos terminavam e pela noite dentro, ia para a sede Socialista, acertar agulhas e estratégias pelo nosso lema: uma juventude mais interventiva pelos seus direitos dentro da sociedade. Enfim uma azáfama louca onde preenchíamos os nossos fins-de-semana e sem tempo para mais nada.
Quando se aproximava as campanhas eleitorais, era o tudo por tudo para vencer!
Colava cartazes pela cidade nos pontos estratégicos. Apoiado em escadotes, balde da cola numa mão e na outra, o pincel.
Duas pinceladas nas costas do cartaz e lá ia ele de encontro a uma parede, a uma arvore a tudo que a cola agarrasse.
Corria as Freguesias do concelho já na calada da noite, para não haver confrontos de qualquer tipo. Principalmente naquelas Freguesias onde sabíamos que a oposição tinha assentado arraiais.
Assistia aos comícios das grandes figuras Socialistas, por todo o distrito. As bandeiras vermelhas com a mão (hoje a mão deu lugar à rosa) em forma de punho proliferavam pelo ar, agitadas pelos braços daqueles que acreditavam na mudança, que as eleições se encarregariam de por em prática.
Quando chegava o dia das eleições, era a ansiedade de saber o mais cedo possível, os resultados.
E com a certeza da vitória, a alegria era o expoente máximo. E como por impulso saltávamos para as estradas e em caravanas automóveis percorríamos todos os cantos das freguesias, principalmente as que pertenciam ao Partido Socialista e dávamos largas à nossa alegria, culminando com a concentração junto à sede. Onde centenas e centenas de pessoas festejavam a vitória da mudança.
Hoje a minha participação é meramente, assistir a reuniões, para as quais sou convocado e exercer o meu direito de voto para os órgãos locais, regionais e nacionais do partido.

Sem comentários: