quinta-feira, 10 de junho de 2010
10 Junho dia de Portugal e também de Camões, mais as Comunidades Portuguesas.
Excelente dia para mostrar aos portugueses, que podemos comemorar o dia de Portugal, dando-lhe o relevo que merece e ao mesmo tempo reduzir as despesas, porque o país vive sufocado.
E toca a excluir excedentes de só encher paradas e fazer a cerimónia dentro das possibilidades que o país neste momento tem.
Um bom principio neste dia, que é para recordar um país cheio de memórias e ao mesmo tempo juntar o útil ao agradável, fazendo contas aos gastos e poupando no que é dispensável embora faustoso.
Pela primeira vez o país honrou os seus combatentes de várias batalhas, que pura e simplesmente tinha encostado para um canto, depois de varrer da memória as guerras coloniais que tinham mandado para casa milhares de deficientes e outros tantos em caixões de chumbo, deixando as famílias despidas de apoio.
Juntou-os ao desfile e incorporou-os no dia de Portugal, porque os militares são a força que fez com que este país continuasse a manter suas, as fronteiras que barravam o caminho a quem ousava reivindicar este pedaço de terra bem junto ao Atlântico.
O Presidente das Comemorações encheu-se de brio e dedicou todo o seu discurso aos combatentes. Elevou os militares que combateram nas várias guerras que Portugal teve que se sujeitar e marcando a guerra colonial como a guerra obrigatória para todos os jovens portugueses, exigiu do estado o reconhecimento das reivindicações dos estropiados dessa mesma guerra.
O nosso Presidente num discurso virado para a situação dificílima que o país atravessa, apelou para a busca de soluções para minimizar os dramas sociais que aumentam a cada dia que passa e frisou que já tinha alertado um ano antes que a situação do país poderia chegar onde chegou. Dando a entender que lavava as mãos como Pilatos, já que tinha alertado e alguém não o quis ouvir.
Passou-se para as condecorações onde, claro, todos eram merecedores de tamanha honra. Mas nos condecorados aparecem sempre antigos ministros e todos sabemos como estes e outros mais que já foram condecorados deixaram este país, autêntica manta de retalhos.
São condecorados. São merecedores de lugares destacados em empresas com responsabilidades estatais. São os cérebros deste país, que se está a voltar de costas, na tentativa de limpar os males impregnados e tentar construir de novo o jardim que se quer plantado à beira-mar.
No rescaldo final desta cerimónia destaca-se a chegada de Sócrates apupado pelos populares, que meios camuflados lá lançaram alguns gritos de revolta pela situação em que se encontram. E quando deixou o local da parada, fez questão de se dirigir a outro sector do povo, que este sim o cumprimentou de uma forma a não deixar duvidas. Ficando no ar a tentativa de mostrar que não se pode agradar a todos embora segundo pensa Sócrates a situação é difícil mas não insustentável.
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