sexta-feira, 18 de junho de 2010

O Mundial Para nós Até Agora



Portugal é um país medricas. Deixamos esvoaçar a veia dos navegantes com o semblante virado para o desconhecido, não importando os perigos, nem as lendas e hoje cagámo-nos de medo, perante africanos corpulentos, num simples jogo de futebol que devia ser o esplendor da nossa supremacia normal de uma equipa já a ocupar o pódio mundial.
Como o primeiro milho é para os pardais, esperamos que numa reflexão reservada aos intervenientes, cheguemos á convicção que somos melhores e que temos legitimas aspirações a ir bem longe neste campeonato mundial, que benzeu a África, o continente das lendas e da magia.
Ninguém se encheu de sorrisos perante a meia derrota com os africanos corpulentos e corredores, qual cães de guarda prontos a tapar os caminhos para a sua baliza, por onde nenhum adversário poderia enfiar a bola.
Os portugueses dos quatro cantos do mundo, ficaram a meio do grito da vitória e esperam no próximo jogo, que Portugal deixe o medo característico dos treinadores portugueses nos quartos de hotel e entre em campo de peito feito e assumido vencedor por mais de um golo. Que é o primordial objectivo para seguir em frente e encarar o sonho como uma possível realidade.
A derrota da Espanha um dos principais favoritos a conquistar este mundial pela primeira vez em terras africanas, ajudou a acalmar um pouco os ânimos já com tremideiras de sentir que o regresso a casa mais cedo pode ser uma certeza.
E todos pensamos: se a Espanha perdeu com a modesta Suíça, o nosso empate com o betão africano pode ser uma vitória no final das contas obrigatórias.
Por isso a nossa confiança é para manter e acreditar na nossa selecção.
Espero o embate com os canarinhos, como massa esparguete espalhada no relvado. Para ver quem é que se enrola tão embrenhadamente que se deixa engolir sem possibilidades de submergir e acudir ao encaminhar da bola para dentro daquela mágica baliza que irá garantir a passagem aos oitavos, como prémio de quem aguentou os colossos africanos. Os inquietos e pisadores de calcanhares coreanos do norte, obrigados a mostrar serviço não vá o diabo tecê-las.
E os jogadores de gala brasileiros que pensando que é tudo uma questão de tempo para quebrar o esforço do cantinho português plantado à beira-mar. Se deixam ultrapassar pela rateirice e capacidade ronaldinha, mas portuguesinha. E se enchem de lágrimas perante a magia portuguesa que tem estofo para levar a bola, essa, redondinha ao fundo das redes e juntar num mano a mano, a qualificação tão desejada dos mágicos da bola e os “Bês” tão unidos que se juntam num hino de pátria Lusitânia.

Sem comentários: