domingo, 15 de agosto de 2010

Começou o que o Povinho Adora


Começou o futebol para encher os pulmões dos fanáticos e libertar cá para fora as desilusões da vida, misturadas com as peripécias futebolísticas.
Não podemos viver sem a bola rolar pelos estádios Portugueses de lés a lés. E vivemos imensos anos a distribuir os títulos pelos três grandes, que originou um fanatismo que nesta fase se resume ao Benfica e Porto, já que o Sporting se deixa ficar para trás, sem meios financeiros para ressuscitar grandes planteis.
Serão meses e meses de chuto na bola, começando às sextas e só terminando na segunda.
Vivo o Benfica de uma forma contida, mas alargada ao debate e às bocas brincalhonas, quando me junto com a malta fanática no café das traseiras para recordar tempo já idos, de emoções a transbordar. Mas ando com o peito cheio devido ao recente campeonato conquistado, com honra e futebol de excelente quilate.
Sou desde pequenito benfiquista, mas como cedo iniciei a minha paixão pelo futebol nos pelados da minha região, abracei a paixão pelos clubezitos que vestia a camisola.
Será semana após semana de debates cruzados a descobrir brechas na arbitragem para justificar os desaires. E uma vez uns e semana após outros, teremos música de apito para todo o campeonato.
Os homens agora sem negro, reluzindo com cores garridas às correrias para verem o que muitas das vezes não podem ver, serão os holofotes da ribalta, para o bem e para o mal, beneficiando os grandes e claro está afundando os pequenos.
Depois nos confrontos entre grandes, quem ganha rejubila alegria dos pés à cabeça e quem perde atira-se aos árbitros como expoente máximo da derrota averbada.
Este ano acredito no SLB! Manteve a espinha da equipa e vendeu quem forçosamente teria que ir e cá esperamos o prémio para esta enorme família, ou seja a renovação do título.
Os primeiros chutos já se deram numa pré época para tirar ilações. O Benfica parte como campeão e é com esse estatuto que irá até ao fim. Venha quem vier, terá o mesmo fim; a derrota no findar do campeonato.
Como ele chegou, este futebol, que se joga cá entre portas. Que venha e que traga mais lisura e mais Fair Play. Visto com os olhos especados na televisão e a mão de encontro aos pistachos e tremoços, numas minis que se bebem de uma golada.
Que junte famílias, para encher bancadas e apreciar o espectáculo.
Que desvie as claques para os túneis desses mesmos estádios, onde no seio deles se misturam bandalhos perigosos e catraios embriagados e drogados.
O futebol tem de tudo e sem ele não poderíamos viver. Por que não é a mesma coisa, já que sabemos que temos que viver com ele.

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