quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Bem bom está a Terminar



O mês de Agosto entra na recta final de uns voltarem das férias longamente aguardadas e outros preparam-se para partir rumo à sua vida fora do país, onde materializam o sonho de ganharem para amealhar o futuro.
É por estas e outras mais situações, que o mês de Agosto simboliza a união de um país.
Junta as famílias de gerações já distantes, onde os bisnetos simbolizam a emigração iniciada nos longínquos anos sessenta, que levaram milhares e milhares de portugueses para o coração da Europa, na busca do futuro, que passou para os filhos e continua na descendência sem fim.
Junta a alegria e enche de vida as aldeias paradas no tempo, durante longos onze meses, povoadas por meia dúzia de avós e avôs. Que esperam ansiosamente pelos filhos a viverem bem longe, chegarem em Agosto, com as belas viaturas, a abarrotar de saudades por entre netos e já bisnetos que seguem os progenitores, numas férias cíclicas que dão colorido ao interior deste país.
As janelas abrem-se de par em par das belas habitações e ganham de novo vida com a agitação dos agora regressados. Renovam a beleza dos jardins numa visão de mil cores e fazem das festas e romarias o ponto alto do sentir as raízes, porque é lá que encontram a infância e a adolescência, nos abraços e nas conversas dos amigos há muito tempo não vistos.
Junta o país num frenesim ambulante.
Aumenta o parque automóvel de um dia para o outro que dá a sensação não existir espaço nas nossas estradas para todos os veículos. E com isso crescem os acidentes e choram-se as mazelas muitas das quais para toda a vida.
Aumenta a população num mês com as cidades a palrear outras línguas através de imigrantes que vêem para cá matar as saudades, mas trazem o dialecto confuso do falar a língua do país que os acolhe, sendo já motivo de risota devido aos avec’s assumidos.
Temos também os turistas que infelizmente fogem devido aos incêndios, que devastam o paraíso de quem quer admirar a natureza pura.
Junta o futebol caseiro e o internacional, em momentos de adrenalina saltitante com surpresas para alegria de uns levando-os aos pícaros do sonho. E tristeza de outros que apostavam na continuidade dos êxitos, mas a realidade é o amargo de boca já com direito a desacreditar.
Agosto o tal mês das férias, do sol, do calor. Da paixão sobre a brisa do mar e do relaxar devido aos horários se esfumar.

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