sábado, 21 de agosto de 2010

A Selecção com ou sem Queirós


Neste momento assistimos à novela Carlos Queirós/FPF, no auge das decisões prontamente anunciadas por uns e rectificadas por outros.
Claro que tudo isto só se dá porque Portugal ficou-se pela pálida imagem no mundial que o trouxe bem cedo para casa, de uma forma nua e crua perante a escassez de argumentos para ir bem mais além.
E logo que a comitiva aterrou na portela há que desenterrar conflitos que estavam em banho maria e dar-lhes vida para arrumar de vez com o homem dos comandos da Selecção que muitos dizem de “todos nós”!
Queirós juntou à sua volta um rol de personalidades de fazer inveja.
São os presidentes dos maiores clubes portugueses.
Amigos de longa data, que o acompanham desde que se tornou top star, depois de levar os putos a campeões mundiais.
E se não bastasse teve a presença de Alex Ferguson, o homem que lhe tem dado abrigo, numa aventura de passagens infelizes por clubes e selecções onde tentou a sorte em ser treinador principal.
Talvez por esta onda de apoio de fazer inveja, Queirós decide partir a louça numa de costas forradas e, toca a desancar no pobre coitado do vice-presidente, que lhe disse o que todos pensamos. E como não gostou toca a fazer do pobre senhor já com idade de se reformar e ir tratar do jardim lá de casa. A besta negra que ensombra a sua permanência na Selecção.
E foi mais longe; até subiu os degraus da indignação e atirou-se ao ministério que tutela o desporto, acusando-o de intromissão política para o afastar do convívio hoje tão apetecível devido aos enormes honorários, que o Madail resolve brindar quem comanda o nosso futebol.
Agora que o castigo já é oficial e de uma forma branda para não atiçar mais lume para a fogueira, surge logo mais um processo, desta vez de todas as pessoas ligadas à estrutura da FPF, incluindo o seu presidente relativo às declarações acima descritas.
Perante isto, Queirós não tem escapatória a não ser sair pela porta pequena e logo por justa causa. Uma mancha enorme que nunca poderá limpar do seu currículo.
Mas afinal o que se passa com o homem!
Ainda não vai há muito tempo, teve um desaguisado com um jornalista a chegar a vias de facto.
Veio o Deco a insinuar tácticas que o deixaram a não render o que pode e deve para o bem de quem lhe deu a oportunidade do estrelato.
Logo de seguida o nosso menino de oiro, a atirar com a toalha para os costados do mister, num momento em directo tão triste que mostrou a todo o país o líder que é Queirós.
Depois é isto de bradar aos céus, num acumular recente de episódios que levam um fazedor de miúdos campeões, a um desastre a treinar adultos cheios de tiques vips.
Se olharmos ao que ele disse que só morto abandonava a selecção, temos um braço de ferro, que nem infelizmente, as enormes temperaturas dos incêndios é capaz de derreter.

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