Mais uma mudança de casa, mais malas às
costas, mais camas que não se estranha para saciar a dureza do corpo.
Fomos recebidos com muita delicadeza pela
dona. Que nos honrou com uma cerveja fresquinha, logo à chegada de um dia
bastante fatigante psicologicamente.
Senhora de conversa fácil e prestável para
qualquer eventualidade. Deu-me a impressão de ter traços holandeses, dada amabilidade
com que nos recebeu. Contrastando com a frieza dos alemães, por onde tenho
passado.
Já provou o nosso vinho do Porto e fez cara
feia quando explicou, que também provou da nossa aguardente.
Não falta nada na modéstia do lar. E como
somos trabalhadores de fardas salpicadas de torrões a cheirar à terra revirada,
tudo se conjuga para uma adaptação dentro da normalidade.
Dista cinco quilómetros da anterior, o que me
coloca com um pé na Alemanha e com o outro na Holanda.
Está rodeada de casas térreas, numa rua tipo condomínio
fechado. E pelos automóveis à porta, são gente de posição afamada.
Amanhã é sábado e com o aproximar do Domingo,
tempo não vai faltar para conhecer os cantos à casa e não só. Ao quarteirão de
uma ponta à outra.
A primeira impressão é agradável e se tudo
correr como espero será a ultima até à Páscoa, quando penso dar uma saltada,
para matar as saudades de quem anseia pela minha chegada.
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