Sempre que a vontade esteja alegre e o corpo não
muito dorido pelas alavancas das constantes subidas e descidas. Dou uma saltada
à grande cidade que esteja no alcance das minhas paragens.
E hoje foi um dia para conhecer o que me
rodeia e dar de caras com um mundo de preços em artigos que só os príncipes e
os milionários, podem adquirir.
Mas
mesmo com o nariz colado à montra, pensando durante uns segundos nos objetos deveras
valiosos. Com o seu peso a valer ouro e o preço a atingir mais que os meus
sonhos, bem longe da realidade para o adquirir. Matuto como pode algo, que
ocupa um pouco do braço de qualquer homem custar uma autêntica fortuna!
Setenta e tal mil (mil) euros! Pensei que
ficaria sem o braço se andasse por algumas ruas!
Isto claro, só imaginando dar uma voltinha
com este relógio.
Contento-me com o meu, comprado a um vendedor
de banha da cobra por meia tuta de euros, mas que continua cá para as curvas e
dá uma vistaça do caraças.
Mais uns passos dados na calçada da enorme avenida,
que mergulha Monchengladbach num atolado de turistas e alemães de toda a parte.
Esbarro-me com lindas canetas sem ser da china.
Escrever com esta
preciosidade, só pode dar belas cartas de amor!
O meu dinheiro não compra
tudo!
Porque qualquer carta de
amor pode ser escrita com uma Bic.
Mas o que mais me fez ficar com os olhos brilhando, porque sabia para quem oferecer a beleza daquela prenda. Eram as sapatilhas de basquetebol de um modelo único em azul ou preto.
Com o jogador bordado a encarnado, na parte
lateral superior, num estilo fantástico. Dando um sainete à beleza da sapatilha.
O Duarte iria ficar
radiante, e cento e setenta euros, eram a magia do miúdo nos pavilhões por onde
passeasse a classe, que lhe brota do corpo ainda franzino.
Vou lá voltar já que amanhã
é domingo e com o TLM, tiro uma foto e mando para o filhote, assim saberei se o
entusiasmo dele será idêntico ao meu e se tal, poderá ser a prenda que ele bem
merece.
Mas o passeio prometia!
Cada loja era agradavelmente
visitada, com produtos de altíssima qualidade e os preços acompanhavam a
certeza dessa convicção.
O lanche foi surpreendentemente
pago com a alegria de ser condizente com as nossas possibilidades.
Uma fatia de tarte de nós
deliciosa e um café em chávena de chá! Um euro e oitenta!
Toca a correr comer mais uma,
que não é todos os dias que sou brindado com lanches saborosos e de fácil acesso
para todo tipo de carteiras.
Ainda há uma semana, paguei
por um café dois euros e noventa (que saudades do nosso, dava para tomar o dia
todo).
A tarde despedia-se e
regressei sorridente, num passeio de dois passos de automóvel, onde os olhos
tiraram a barriguinha de misérias e elevou os sonhos num faiscar tão brusco,
para a realidade dos pés bem assentes na terra.
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