sábado, 15 de março de 2014

Tudo pára quando se trata de perservar os Animais



Esta estrada do interior da vilazita, onde por agora assento arraiais. Liga a Alemanha à Holanda, são precisamente sete quilómetros.
Percorria a pé durante dois quilómetros e de um lado só avistei pinhal.
Do outro, o mesmo cenário só com um pormenor. Existe um pântano enorme e por isso lá está a tabuleta a proibir os automóveis e mesmo as bicicletas, de circular, entre as 19 até às 7. Devido aos anfíbios, deambularem de um lado para o outro da estrada.
Como devem reparar lá está a tabuleta a indicar a alternativa durante esse período, em que as rás, os sapos e acredito cobras perseguindo os primeiros. Fazem da via a fuga para saciarem o apetite. E é ver que nao se vislumbra nenhuma luz de qualquer automovel.
Sentei-me nas pitorescas mesas de madeira e observei este local magnífico para o lazer.
Tem pistas de terra batida pelo pinhal, onde as indicações de passeios a cavalo são constantes. Por isso no início da vila, lá se avistam cavalos pastando de mantas nos costados, esperando que alguém lhes caia em cima e os leve pela mata a dentro. 
Famílias inteiras chegam a este paraíso e percorrem-nas nas bicicletas que não são de corrida. Aqui ninguém corre, só correm por gosto e como tal não cansa.
Tem pistas de manutenção e lá vislumbro grupos correndo e enfrentando os obstáculos como forma de…. Manterem a forma.
Outros, vão até ao fim da estrada e dão uma espreitadela à Holanda, onde a bicicleta aí sim é a rainha das estradas.
Na Holanda a prioridade são as bicicletas e todos os automóveis apresentando-se pela direita, pela esquerda, pelo centro. São obrigados a dar a prioridade aos velocípedes sem motor.
Foram duas horas que me encostei no banco de madeira e assisti com o cair da tarde ao regresso a casa dessa gente, que já faz deste local, o paraíso para afugentar o stress.
E todos olhavam para o solitário que se encontrava sentado desfiando uns ramos, com a navalha da lide diária e ao meu levantar do olho, todos me cumprimentavam com naturalidade. E como já sei dizer olá, mesmo em Holandês, retribuía a saudação.
Com o ar já a resfriar e o sol para lá das árvores que protegem esta dádiva da Natureza e que os Alemães fazem questão de preservar e cuidar. Voltei para casa, com uma mão segurando os ramos trabalhados e a outra atirando umas pedritas para o charco enorme, sem antes parar e sorrir para as rás, que de papo cheio cantavam para o parceiro.

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