quinta-feira, 29 de abril de 2010
O Português Mourinho
Mourinho remoeu dias e dias, falando para a almofada enquanto não pregava olho e questionando os seus botões em farpelas valendo o seu peso em ouro que tinha chegado a hora do tudo ou nada!
Tinha chegado o momento crucial de se dúvidas houvesse quanto ao seu valor, era chegado o momento de por em prática o seu potencial que ameaçava romper todas as barreiras, mas que ainda subsistiam algumas arestas a ser limadas para que o seu poderio invadisse como um vulcão e inundasse o mundo de lés a lés.
Nada melhor que enfrentar a melhor equipa que tudo tinha ganho com a facilidade que todos presenciamos já que possuía os melhores jogadores que todos ambicionam.
O momento chegou e adrenalina despontou!
Os resultados assumem tamanha relevância quando se transformam num caso pessoal!
Mourinho mais do que tudo queria vencer!
Queria vencer a melhor equipa do mundo!
Queria vencer Guardiola, técnico ainda jovem mas ameaçando ombrear com ele!
E o vencer, representava caso houvesse dúvidas, que é o único a carrilar o Real Madrid para o lugar a que tem direito. Um sonho de muitos mas ao alcance de um ou dois na vertente da grandiosidade deste clube.
Por isso antes do Inter de Milão, estava Mourinho com a sua sede de provar que é o melhor!
A esta hora os jogadores do Inter confessam que nunca tinham sido sujeitos a um massacre do princípio ao fim. São jogadores talhados à imagem de Mourinho, autênticas formigas incansáveis na procura do êxito, comandados pelo general, fonte de inspiração e mentor das suas projecções.
O acesso à final para Mourinho é mais um marco como espelhou no final, quando autentico miúdo se pôs aos saltos em pleno relvado. Desafiando quem duvidava da sua capacidade em vergar os extraterrestres da bola e vai esperar a final, onde se irá se resguardar no balneário, para aí sim serem os jogadores a receber sob os holofotes da glória, o prémio mais que merecido.
Quem gosta de futebol sabe que o Inter só passou porque pôs o autocarro em frente da baliza, mais se assemelhando a um clube aterrorizado pelo papão que tem pela frente. São armas a que Mourinho e os seus discípulos não tinham alternativa em usar para baquear quem se auto proclamava em ser o maior. E o facto é que um muro em betão repele qualquer iniciativa em perfurar a passagem e no final, os últimos minutos de uma etapa subida, degrau a degrau, estão aí à porta bem perto da fama que pode estar mesmo ao virar da esquina.
Neste momento a agitação em segurar Mourinho na continuação de um campeonato que está para Mourinho como um deserto sem fim à vista em matéria de adrenalina, como é o caso do italiano. Não vai ter paralelo com o aceno de um convite a raiar a loucura como bem pode ser o espanhol, hoje em dia o mais cativante de todos.
Por isso Mourinho já venceu em todas as frentes e que o deixa a afastar os sonhos e a estudar a realidade que só a ele diz respeito. E o sim, ou não, é o resultado final que milhões de mentes esperam descobrir como uma pepita encontrada bem no coração da terra, que se farta de dar indícios, mas que se fecha a sete chaves para abrir o caminho.
Mas como os resultados são o cerne da questão, porque o espectáculo é no circo, Mourinho lá continua na senda dos êxitos, o que lhe dá um enorme gozo naquele corpo franzino, mas repleto de valor que não tem seguidores.
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