terça-feira, 13 de abril de 2010
A Selva Aqui tão Próxima
Apaga-se uma vida, ou a martiriza-se para toda a vida. Na maioria dos casos inocentes que se vêem envolvidos nas acções de pessoas que viram monstros de um momento para o outro e toca a descambar a sua raiva, de quem tudo faz para a merecer, fugindo desses monstros que quanto mais se foge, mais enfurece a sua raiva.
Ou então por assaltantes cientes que podem fazer o que lhes apetece, porque a nossa justiça lhes brinda com atenuantes impossíveis de aceitar, numa sociedade que se diz direccionada para combater os malfeitores e assassínios que proliferam como ratos de esgoto.
O mais gritante é assistir a tragédias por entre quatro paredes, onde alguém enfurecido com a má sorte que lhe bateu à porta, descarrega a sua fúria nos inocentes do costume e toca a manchar de sangue as paredes, que deviam ser o poiso de recordações felizes de um lar que foi o encontro de dois seres, na busca de construir uma família que se fulmina a golpes bárbaros num momento premeditado, da mais infame selvajaria.
Já ninguém se admira tamanha a regularidade, com a brutalidade das visitas dos encapuçados, que tudo levam e tudo destroem em minutos infernais. Deixando marcas para sempre, nos coitados que naquele momento recebem o diabo bem presente.
É o dia-a-dia neste país aberto aos assaltantes que se sentem como peixe na água. Empunhando armas como se tratasse de acessórios de moda e assim protegidos, irrompem de surpresa, fazendo gelar o sangue nos corpos de quem pensava, que só acontece aos outros.
E todos recriminam, indo mais longe até castravam, os pedófilos bem presentes.
Mas tão meigos que ninguém suspeita. Acabando por desfigurar a inocência dos petizes à sua guarda, tornando-se lobos maus que enjaulados se tornam santos. Sensibilizando quem vai nas suas cantigas e logo fora, tendo a rua como destino. Viram feras correndo atrás de nova vítima, deixando um legado de mazelas para toda a vida.
É neste mundo que vivemos, só nos resta olhar em volta e ver se alguém não está pronto para semear a desgraça, ao virar de qualquer esquina.
Muitas das vezes isso não chega e é rezar que nenhum mal nos aconteça.
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