segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bonito sonho, sim Senhor




Ali estavas repentinamente!
O local é de boas recordações e possíveis chamamentos. O céu mostrou-me um raio luminoso e quando a noite chegou eras uma estrela cintilante.
Temos poeta, é bonito. – Pronunciaste.
E temos estrela. -Respondi!
-Sabes que as estrelas por vezes esfumam-se...
Mas podem ganhar de novo vida. -Acabei por assim rematar o início da conversa neste cenário que prometia.
Olhava-te bem nos olhos e descobria o teu lado bom.
Desafiaste-me para um jogo.
Porque será que as mulheres muito gostam de jogar. E logo dizem que somos nós a iniciarmos.
Escolhi o tema: Quantos mais segredos guardares, mais infeliz te tornas.
Os meus segredos já foram todos revelados! – Respondeste, tão rapidamente, como se adivinhasses o meu pensamento.
Há segredos e segredos... Às vezes há segredos que também nos fazem felizes.
Todos temos segredos e muito idênticos, alguns dos teus são parecidos com os meus. Alguns dos teus sou capaz de descobrir.- Rematei com uma postura um pouco atrevida.
-Então, vá lá. Atreve-te a descobrir e se coincidir, terás um carinho de minha parte.
Porra, a miúda disse isto, deixando-me com um arrepio enorme pelo corpo fora.
Respirei fundo.
Deixei falar o coração:
Amar!
Amar alguém que nos abrace, que esse abraço seja tão puro, tão sincero.
Assim sentiremos o carinho, a ternura e ofereceremos o nosso coração, para juntos deixarmos correr o sangue, até se misturar no lago da paixão!
Foi o auge da sedução! Sou o maior. Disse para os meus botões.
 -Eheheheheheh, inteligente! Podes é não ter acertado na minha necessidade, com certeza é diferente da tua.
O que podia dizer perante este comentário desta jovem a proteger-se descaradamente.
Ela está naquele aglomerado de sensações, tenho plena certeza, minha marota. – Lá está o meu sorriso charmoso a dar a volta à situação.
Acredito que sim e o carinho está quase ao teu alcance. – Derrotava-a quando ela disse isto.
Nisto desata a correr e desafia-me:- Vê se me apanhas, se conseguires terás o teu carinho!
Nem olhei para trás. Corri para ti e tu já ias bem longe!
Apanhei-te perto do lago no momento que brotou um jacto de água.
Caímos na relva quente pelo sol, que era bem forte e belo.
Rolamos uns bons metros. Rias-te às gargalhadas, sentindo cócegas para eu te fazer parar.
Peguei em ti ao colo, batias-me com os pés no rabo, já prevendo o que te ia fazer.
 Dei-te um beijo e joguei-te no lago!
Que beleza, tu assim molhada!
Que corpo fantástico que as roupas pegadas a ele, realçavam.
Isso não se faz! – Barafustavas bem alto. Primeiro zangada. Logo de seguida de sorriso estampado num cenário de sonho!
Sem alternativa, aproximaste-te para bem juntinho de mim.
Tremias, apesar de a água estar saborosa.
Tirei a roupa toda para te agasalhar, já que o meu coração parecia soltar-se de tanto calor armazenado, com as visões devoradas.
Não é preciso tanto porque as calças não me servem. – Gozavas tu com os meus desequilíbrios, enquanto tentava tirá-las.
Que felicidade, que alegria. E colhi uma dúzia de flores silvestres para tapar.
Vê se descobres uma folha de parra qual Adão. – Brincava este pedaço de mulher, enrolada nas minhas roupas!
Acordei quando as moscas me começaram a picar.
Era de uma beleza encantadora o sítio, mas não o Paraíso!

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